Sementes da esperança
“Quais são as soluções para a destruição das florestas?” “Quais são as alternativas?” Perguntas como essas costumam ser feitas para matar um debate que poderia levar a soluções reais para o desmatamento e o caos climático. O caminho do avanço começa com o fim do ataque aos povos da floresta e seus modos de vida, e com o aprendizado sobre as relações desses povos com seus territórios. Por gerações, as comunidades que dependem das florestas têm vivido e convivido com elas, e as têm protegido.
Os indígenas ngäbe-buglés tiveram que suportar repressão brutal para enfrentar o ataque a seus territórios. Eles conseguiram que o governo do Panamá proibisse a mineração em sua região, bem como as usinas hidrelétricas. Mas outro ataque forte veio de ONGs conservacionistas.
Compilação de artigos do Boletim do Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM), por ocasião da 14ª reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), a ser realizada de 17 a 29 de novembro, em Sharm El-Sheikh, Egito.
Os conhecimentos e as práticas ancestrais de uso, manejo e cuidado do fogo controlado nas florestas estão sendo identificados, pelas políticas relacionadas às mudanças climáticas, como a causa do desmatamento e dos incêndios florestais.
Os incêndios na Amazônia estão acontecendo com mais frequência e intensidade. Mas quem realmente está queimando as florestas?
Os modernos costumam dizer que as plantas medicinais são recursos a serviço do homem, mas essa maneira de chamar as coisas não parece ser universal. Os quechua-lamas do piedemonte amazônico consideram as plantas como pessoas; mais do que isso, eles as vivenciam como se elas fossem uma comunidade vivente.
O povo indígena Shawi faz mais um chamado à mobilização em defesa de seu território em plena floresta tropical úmida. Desta vez, a ameaça vem com a maior mineradora de ouro do mundo: a Barrick Gold Corporation.