Economia verde

A economia verde é uma tática para “limpar” a imagem das empresas, em vez de enfrentar a “captura empresarial” e o capitalismo como verdadeiras causas do desmatamento. As falsas soluções promovidas no âmbito da Economia Verde incluem certificação, manejo florestal sustentável, serviços ecossistêmicos, REDD+, bioeconomia, “soluções naturais para o clima” e “desmatamento líquido zero”. Em vez de acabar com a destruição por parte das empresas, elas a mantêm, e essa destruição está causando uma crise social e ecológica de múltiplas facetas.

Artigos de boletim 30 Novembro 2011
No ano passado eu estava em Bangkok para uma reunião sobre mercados do carbono no sueste da Ásia. Era irônico estar discutindo uma falsa solução para a mudança climática quando grandes áreas da Tailândia estavam alagadas e as inundações estavam ameaçando a capital. (Apesar de que não podemos dizer que essa inundação em particular foi causada pela mudança climática, podemos dizer que esse tipo de inundação vai tornar-se mais comum à medida que o planeta continue aquecendo-se.)
Artigos de boletim 30 Novembro 2011
Na próxima semana terá lugar em Mali uma conferência internacional de agricultores com o objetivo de deter a apropriação de terras. Organizada por La Via Campesina, visa a abrir um espaço para ouvir e aprender dos agricultores locais principalmente dos países africanos a respeito de que eles dizem da apropriação de terras; de unir forças para resistir ao processo e de construir futuras estratégias.
Artigos de boletim 30 Novembro 2011
O estado do Acre, na Amazônia brasileira, ficou conhecido no mundo inteiro no final dos anos 1980 pela luta por justiça social e ambiental de Chico Mendes. Nos últimos anos, o estado novamente ganhou destaque no Brasil e em âmbito internacional, porém de uma forma bastante diferente. Trata-se da propaganda em torno de um modelo ´verde´ de desenvolvimento, puxado por um ´governo da floresta´, baseado no chamado ´manejo sustentável´ da mesma e na venda de serviços ambientais. Conta-se hoje uma história positiva e ´verde´ do Acre.
Artigos de boletim 30 Novembro 2011
As novas abstrações criadas pelo discurso da mudança climática na forma de REDD e REDD+ vieram aprofundar a mercantilização das florestas já que se gerou maior mobilidade e se fez possível o comércio através de países e continentes por meio de programas florestais e de mitigação do clima, afirma Kanchi Kohli e Manju Menon, da organização indiana Kalpavriksh, na recente publicação “Banking on Forests: Assets for a Climate Cure?” (Investindo em florestas: ativos para a cura do clima?)
Artigos de boletim 30 Outubro 2011
Há milhares de anos que, em especial as mulheres, mas também os homens de diferentes povos em várias partes do mundo têm garantido a soberania alimentar, baseando-se na biodiversidade das regiões onde vivem. Com sabedoria, souberam distinguir e utilizar sementes, raízes, frutas, folhas, árvores, arbustos, plantas medicinais, animais, peixes e muito mais. Mas o nosso mundo chamado de moderno conseguiu reduzir de forma drástica a riqueza da biodiversidade, introduzindo monoculturas em larga escala para a produção de alimentos e produtos como madeira.
Outra informação 30 Outubro 2011
Recentemente, a Oxfam da Grã Bretanha lançou um relatório sobre as atividades da empresa inglesa New Forests Company (NFC), que possui 27 mil hectares de plantações de árvores em Uganda, Tanzânia, Ruanda e Moçambique, além de ter contratos com os governos desses países envolvendo cerca de 90.000 mil hectares. A empresa afirma que a madeira que será produzida pode suprir as demandas da população, evitando o desmatamento de florestas nativas. Em Uganda, plantou, desde 2006, cerca de 9.300 hectares de pinus e eucalipto, em terras dadas em concessão pelo governo.
Outra informação 30 Outubro 2011
Os Dayak habitaram a floresta em Kalimantan durante um longo período antes de o atual Estado da Indonésia ser estabelecido. Sua adat (tradição) garantiu a integridade do meio ambiente e da floresta até a exploração comercial imposta começar a devastar, prejudicar e invadir suas terras tradicionais. Desde então, eles denunciam que décadas de destrutivos projetos impostos direta ou indiretamente pelo Governo vêm desempodeirando e empobrecendo progressivamente os Dayak por meio da emissão, descontrolada e frequentemente ilegal, de licenças e/ ou concessões através da corrupção.
Artigos de boletim 30 Outubro 2011
As monoculturas em larga escala para a produção de alimentos foram sendo introduzidas, acompanhadas pelos ´pacotes tecnológicos´ da ´revolução verde´ que, ao longo dos anos, têm envenenado e empobrecido a biodiversidade. Isso tem afetado em especial as mulheres, por elas, em muitas comunidades ao redor do mundo, serem as principais responsáveis para cuidar da saúde, do abastecimento de água e da produção de alimentos, atividades muito atreladas à conservação da biodiversidade.
Outra informação 7 Outubro 2011
Depoimento (audiovisual) de José Luiz Kassupá sobre os impactos do mecanismo REDD na vida dos Povos Indígenas, durante a oficina "Serviços ambientais, fundos verdes e REDD: Salvação da Amazônia ou Armadilha do Capitalismo Verde", 3-7 de outubro em Rio Branco (AC), Brasil. José Luiz é primeiro secretário do movimento indígena no estado de Rondônia.  
Outra informação 7 Outubro 2011
Depoimento de Sandra Lineia de Caritas Manaus (AM), sobre a relação entre o mecanismo REDD e a migração de populações tradicionais e rurais para as Cidades, durante oficina "Serviços Ambientais, REDD e Fundos Verdes do BNDES: Salvação da Amazonia ou Armadilha do Capitalismo Verde?", em Rio Branco, estado de Acre, entre 3 e 7 de Outubro de 2011  
Outra informação 7 Outubro 2011
Rio Branco, Acre, 07 de outubro de 2011. Estivemos reunidos em Rio Branco - AC, entre os dias 3 a 7 de outubro de 2011 na Oficina: Serviços Ambientais, REDD e Fundos Verdes do BNDES: Salvação da Amazônia ou Armadilha do Capitalismo Verde?
Artigos de boletim 30 Agosto 2011
Nos últimos 5-6 anos, o tema das florestas tem ganhado novamente destaque em âmbito internacional. Porém, isso ocorreu de uma forma bem particular: é o debate de como conservar ao máximo o carbono presente nas florestas. Reduzir as emissões de carbono de florestas que resultam do desmatamento e degradação florestal têm sido objeto de elaboração de políticas nas conferências mundiais do clima, com destaque para uma palavra esquisita e de difícil compreensão para muita gente: REDD ou, mais recentemente, REDD+.