Lutas pelas florestas
Quando as empresas destroem florestas ou restringem – e até proíbem – o acesso de povos e populações a seus territórios, colocam-se em risco o modo de vida e até mesmo a existência das comunidades. O WRM apoia as lutas dos povos da floresta em defesa de seus territórios e pelo direito de decidir como viver e usar as florestas das quais dependem.
A opressão patriarcal é inseparável do modelo de plantações industriais e fundamental para a forma como as empresas geram lucros. As empresas visam as mulheres, inclusive em função de seu papel central na vida das comunidades.
Os povos indígenas de Camarões não apenas veem suas terras ameaçadas, sob forte pressão de investidores estatais e empresariais, mas também enfrentam um sistema judicial discriminatório, que tende a culpabilizá-los e criminalizá-los.
O governo alega que a pequena agricultura é responsável pelo desmatamento, mas essa declaração ignora as políticas do próprio governo para promover mudanças no uso da terra, os mercados destrutivos e a exclusão dos povos indígenas com a criação de reservas.
As condições de exploração do trabalho na indústria das plantações de dendezeiros na Indonésia são persistentes, e a maioria das principais vítimas é de mulheres.
A Hidrovia afirma querer conectar a Amazônia ao mundo, mas esse argumento parte da ideia de que nós estamos desconectados, e isso não é verdade. O que realmente se quer é colocar a Amazônia a serviço do capital, arrastando as pessoas que convivem com suas florestas e rios.
O objetivo do livro é apoiar as comunidades que querem fortalecer sua resistência e se preparar melhor para impedir que as grandes empresas estabeleçam plantações industriais de dendê em suas terras. Está disponível apenas em inglês e francês.
Apesar dos danos muitíssimos profundos que as indústrias causam às florestas do mundo, esse processo traz à tona algo mais: as fortes e diversificadas resistências que as comunidades afetadas articulam para defender seus territórios, meios de vida e sustento, culturas e até mesmo existências. A luta continua! (Disponível em suaíli).