Mulheres e monoculturas de árvores
A violência sexual e a perda de acesso à terra e à água são impactos específicos que as mulheres enfrentam quando as grandes plantações de árvores se apropriam da terra das comunidades. Uma vez criadas, essas plantações industriais interferem na produção de alimentos e na liberdade das mulheres de circular livremente em suas próprias terras. É por isso que, em muitos lugares afetados pelas plantações, as mulheres lideram a organização das comunidades e a defesa de seus territórios.
Enquanto as empresas de óleo de dendê se apresentam como doadoras benevolentes, as comunidades que vivem dentro ou perto das plantações contam outra história.
A construção da fábrica da Suzano, juntamente com as estradas contíguas, o constante transporte de madeira e o afluxo maciço de trabalhadores, trouxeram muita devastação para as populações. Este é o testemunho de uma mulher que luta pelo seu território.
Mulheres afetadas pelas plantações de dendezeiros da OLAM decidiram enviar uma carta à FAO denunciando os impactos que estão sofrendo.
Entrevista com Hajaratu Abdullahi, da rede nigeriana Community Forest Watch, que fala sobre as dificuldades e os sérios problemas que a indústria de óleo de dendê Okomu Oil está causando a comunidades como a dela, no estado de Edo, na Nigéria.
Os pequenos proprietários das terras estão presos a contratos assinados com a empresa que, com promessas enganosas, fez com que eles acreditassem que iriam ficar ricos autorizando-a a estabelecer suas plantações da monocultura.
Com a adesão de organizações nos cinco continentes, a Amigos da Terra Internacional e o WRM denunciam o fracasso da RSPO em eliminar a violência e a destruição causadas pelas monoculturas de dendê.
Convidamos as organizações a assinar e apoiar a declaração, que denuncia que a RSPO, desde sua criação, há 14 anos, tem servido como ferramenta para atender aos interesses empresariais do setor de dendê.
Disponível apenas em inglês e francês.