Os Wanniyala-Aetto ("seres da floresta") são os indígenas do Sri Lanka, amáveis caçadores-coletores que têm vivido em uma relação sustentável com o ambiente de sua floresta tropical pelos passados dezoito mil anos.
Tendo sobrevivido 2.500 anos de assentamento em sua ilha, primeiro de cingaleses e depois de migrantes tâmeis da Índia, cinco séculos de colonização portuguesa, holandesa e britânica e duas guerras mundiais, os Wanniyala-Aetto foram expulsos do que restava de suas florestas ancestrais pelo Governo do Sri Lanka.
Artigos de boletim
Em uma recente explosão de “entusiasmo ambiental” estimulado por generosas oferendas financeiras do Fundo Global Para o Meio Ambiente, o governo da Tailândia tem estado criando parques nacionais tão rapidamente quanto o Departamento Florestal Real pode mapeá-los. Há dez anos quase não havia parques na Tailândia, e como os poucos que existiam eram “parques no papel” não marcados, poucos tailandeses sabiam que estavam lá. Agora há 114 parques terrestres e 24 parques marinhos no mapa.
No mês de novembro do presente ano, o Povo Guarani de Itika Guasu, que habita na província O’Connor do departamento de Tarija, onde está localizado o mega-campo de gás Margarita se reuniu em Assembléia.
Em todos os lugares onde a indústria da celulose e do papel opera, ela traz consigo a promessa de emprego. Lamentavelmente para as pessoas que moram na área que a indústria invade, essas promessas raras vezes trazem trabalho. Em um relatório recente para o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais, Alacri De'Nadai, Winfridus Overbeek e Luiz Alberto Soares, registraram de que forma a Aracruz Celulose, o maior produtor do mundo de pasta de eucalipto branqueada, não tem providenciado trabalho para o povo local.
As florestas do Pacífico colombiano, que constituem o Território Região do Pacífico, uma das áreas de maior diversidade biológica do mundo, tem sido habitadas há muitos anos pelas comunidades ribeirinhas negras. Seus membros foram os últimos cidadãos colombianos aos que lhe foi reconhecido o direito à propriedade dos territórios que possuíram e utilizaram durante séculos.
O importante projeto de instalação de duas fábricas de celulose no Uruguai, no rio do mesmo nome, tem provocado firme oposição, tanto dentro do país quanto entre a sociedade civil da vizinha província argentina de Entre Rios, que está localizada do outro lado do rio, a poucos quilômetros da área onde se instalariam as fábricas da espanhola Ence e a sueco-finlandesa Botnia.
Os recentes furacões no Caribe, América Central, México e no sul dos EUA – e seu terrível pedágio de mortes– não são acontecimentos naturais normais: são desastres provocados pelo homem em decorrência de causas bem conhecidas. A menos que essas causas sejam tratadas seriamente , milhões de pessoas vão continuar sofrendo os impactos da mudança climática, abrangendo desde extremas secas até extremas enchentes e tempestades.
Para quem é de fora, os Bagyeli podem aparecer como muito pobres. Eles possuem quase nada em termos de pertences materiais, pouco ou nada de dinheiro, e com freqüência ainda não têm uma moradia permanente. Mesmo que um dos mais importantes indicadores de prosperidades para essas populações seja o fato de eles terem acesso a floresta e a seus recursos e de serem capazes de participar nos processos de tomadas de decisões no que diz respeito a seus meios de vida.
A gigante mineradora Rio Tinto, a segunda com maior diversificação em minas no mundo, conseguiu licença para explorar uma enorme mina na ilha de Madagascar no Oceano Índico que vai envolver a escavação de uma das maiores florestas únicas no mundo em território indígena.
O projeto de escavar 775 milhões de dólares em dióxido de titânio vai ser executado em Fort Dauphin, região da ilha que está sendo operada pela QIT Madagascar Minerals, uma subsidiária da Rio Tinto, que é propriedade do governo em 20 por cento e conta com o apoio do Banco Mundial.
A mania de privatização nos atingiu como uma praga inevitável. A lista de privatizações vem sendo expandida inexoravelmente. Se admitirmos isso ou não, e qualquer que for a linguagem que pudermos usar para racionalizá-lo, o fato permanece e implica que a privatização foi imposta aos governos africanos através das BWIs (Bretton Woods Institutions) e o poder dominante do Ocidente. Até a chamada liberação da dívida do G8 prega a privatização como uma de suas condicionantes. E as BWIs têm um jeito peculiar de argumentar.
Assim como outros países invadidos pelas plantações de monoculturas de árvores (chamadas por alguns sul- africanos de “câncer verde”), a África do Sul mostra que esses esquemas não visavam o melhoramento da qualidade de vida das comunidades locais. Muito pelo contrário.
Além das informações fornecidas pelo relatório sobre os impactos da terceirização no florestamento (vide Boletim nº 96 do WRM), estatísticas chocantes surgiram da primeira oficina para o fortalecimento do setor florestal que ocorreu em Londres do Leste no dia 12 de setembro.
As florestas da Índia, alicerces da segurança ecológica do país, estão se perdendo para ínumeras empresas comerciais em uma proporção assustadora. A última estatística publicada pelo Levantamento Florestal da Índia revela que o país tem perdido mais de 26.000 km quadrados de suas densas florestas durante o período 2001 – 2003. Com mais de 3.000 espécies de plantas florescentes e cerca de 200 espécies de animais do país, que já tinham sido categorizados em perigo, esta enorme perda de floresta, com certeza, aumentará a dizimação da biodiversidade.