Comunicado de imprensa.
Roma, 22 de setembro de 2008. Representando o Movimento Mundial pelas Florestas tropicais, Raquel Núñez se reuniu hoje em Roma com funcionários florestais da FAO para tratar dos problemas decorrentes da definição de florestas por essa agência das Nações Unidas, que inclui todos os tipos de plantações como “florestas”.
Outra informação
Disponível apenas em inglês.
By Bakari Nyari, Vice Chairman of Regional Advisory and Information Network Systems (RAINS), Ghana and African Biodiversity Network Steering Committee member
This is the story of how a Norwegian biofuel company took advantage of Africa’s traditional system of communal land ownership and current climate and economic pressure to claim and deforest large tracts of land in Kusawgu, Northern Ghana with the intention of creating “the largest jatropha plantation in the world”.
As lições simples não são necessariamente simples de aprender.
Por exemplo: o petróleo é um recurso não renovável e limitado.(1)
O petróleo e os conflitos parecem gêmeos no mundo de hoje. Quando as pessoas pensam em petróleo, em termos gerais, o que vem à mente é ‘progresso e desenvolvimento’. Portanto, as pessoas falam em petrolear a roda do progresso. No entanto, hoje, o que vemos e experimentamos é que o petróleo lubrifica as rodas do conflito. E esse é o caso nos campos de petróleo da África.
A ignorância é a noite da mente, mas uma noite sem lua nem estrelas.
– Confúcio
Introdução
Durante centenas de anos, parece que o continente africano tem sido considerado pelos países do Norte como um tipo de loja de conveniência com produtos prontos para levar – no início, tratava-se principalmente de mercadorias raras e exóticas como gemas, metais preciosos, marfim, plantas e escravos; e posteriormente, de itens mais básicos como minerais, alimentos, madeira e petróleo.
A Libéria acaba de emergir de uma crise civil. A sanção sobre as exportações de madeira liberiana foi levantada em 2006 pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC). A indústria da madeira, que gerava substanciais receitas para o governo, está fechada esperando a finalização de um processo de reforma florestal.
No Gabão, as florestas e as comunidades que dependem delas enfrentam problemas de diferentes gêneros. A explotação madeireira é um dos mais importantes, já que não apenas não beneficia as comunidades mas também, a maioria das companhias florestais (principalmente as asiáticas, com as chinesas e as malaias na cabeça) não respeita qualquer norma técnica e corta árvores que não atingem o diâmetro mínimo autorizado.
Atualmente, os modelos e as iniqüidades do desenvolvimento no país apresentam uma série de desafios para o manejo florestal.
Moçambique é um país rico em recursos florestais, com uma área florestal de aproximadamente 40,6 milhões de hectares e 14,7 milhões de hectares de outras áreas arborizadas (DNTF, 2007). Muitas províncias possuem vastas áreas de belas florestas prístinas que as comunidades rurais usam para conseguir variados produtos para seu sustento bem como por motivos culturais e espirituais. Contudo, a diversidade florestal está escassamente documentada devido a razões tais como a vastidão do país, a escassa rede de transporte, a longa guerra civil, e a falta geral de recursos financeiros e humanos.
O maciço florestal de Itombwe está localizado no noroeste do lago Tanganica (28º02′ – 29º04′ L, 2º41′ – 3º52′ S) e se estende sobre uma vasta região de 1.600 km2 que abrange os territórios Mwenga, Fizi e Uvira. O relevo faz parte da cordilheira de Mitumba; a altura acima do nível do mar passa de 60m na região oeste a 3.475m (monte Mohi) no norte, com vários picos de 2.000m ou mais, para descer abruptamente a 770m no leste, no nível do lago Tanganica.
A República Democrática do Congo possui a floresta tropical mais vasta do mundo, apenas superada pela floresta amazônica brasileira. Atualmente, essa floresta polariza a atenção da opinião pública internacional, não apenas por causa dos desafios que colocam as perturbações climáticas mas devido à luta da sociedade civil congolesa no geral, e do movimento pelos recursos naturais em particular, por impedir que seja levantada a moratória decretada pelo governo sobre novas concessões de exploração florestal.
Madagascar é um dos países mais empobrecidos do mundo. 70% da população vive sob a linha de pobreza, sendo que a maioria trabalha na agricultura de subsistência em comunidades rurais isoladas e depende dos recursos florestais para seu sustento diário- lenha (42% do consumo de madeira), carvão (39%) e madeira (vide National Supply-Demand Study on Wood-based products’ http://www.frameweb.org/ev_en.php?ID=64661_201&ID2=DO_TOPIC), bem como de uma variedade de NTPFs (produtos florestais não madeiráveis).