Economia verde

A economia verde é uma tática para “limpar” a imagem das empresas, em vez de enfrentar a “captura empresarial” e o capitalismo como verdadeiras causas do desmatamento. As falsas soluções promovidas no âmbito da Economia Verde incluem certificação, manejo florestal sustentável, serviços ecossistêmicos, REDD+, bioeconomia, “soluções naturais para o clima” e “desmatamento líquido zero”. Em vez de acabar com a destruição por parte das empresas, elas a mantêm, e essa destruição está causando uma crise social e ecológica de múltiplas facetas.

Artigos de boletim 3 Maio 2003
No dia 26 de março de 2003, foi enviada uma carta com mais de 50 assinaturas de ONGs, igrejas, movimentos e sindicatos brasileiros aos investidores do Fundo Protótipo de Carbono (FPC), do Banco Mundial, exortando-os a não comprar créditos de carbono provenientes do controverso projeto Plantar, em Minas Gerais, Brasil.
Outra informação 3 Maio 2003
Toda vez que o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, em inglês) financia um projeto, ele cria um problema para o governo que recebe o empréstimo. O projeto deve produzir dinheiro, para que o governo possa pagar o empréstimo ao Banco. Isso parece um conceito simples em economia, mas quando o Banco outorga empréstimos para projetos de exploração florestal, a floresta deve gerar lucro. A forma mais fácil de fazer com que a floresta vire lucro é derrubar as árvores. Os impactos sociais e ambientais dessa ação, com freqüência, são devastadores.
Artigos de boletim 3 Abril 2003
A engenharia genética avança às pressas em seu afã por fornecer árvores geneticamente desenhadas para as plantações comerciais, incorporando características como resistência a herbicidas, produção de inseticidas, rápido crescimento e baixo conteúdo de lignina nas árvores, para adaptá-las às exigências do mercado.
Outra informação 4 Março 2003
A imaginação dos tecnocratas parece não ter limite. O senso comum deles, no entanto, dá a impressão de estar extremada e crescentemente debilitado. Nós, como pessoas atrasadas que somos, ficamos continuamente surpresos com suas brilhantes idéias, e até chegamos a duvidar, de forma nada científica, de sua saúde mental. É o caso do Dr. Klaus Lackner, físico da Universidade de Columbia, quem inventou uma árvore artificial que, segundo ele, é muito melhor do que a obviamente limitada árvore de verdade.
Outra informação 4 Março 2003
Para os governos e a sociedade civil comprometidos com o fim da mudança climática e a redução das emissões de combustíveis fósseis na fonte, os últimos acontecimentos relacionados com o Fundo para Biocarbono devem parecer preocupantes. A abordagem de "duas janelas" do Fundo visa reabrir a porta aos créditos de sumidouros de carbono provenientes de projetos de conservação, apesar dos governos terem excluído explicitamente a possibilidade dos países industrializados usarem os créditos desse tipo de projetos para atingir as metas de redução das emissões, no marco do Protocolo de Kioto.
Outra informação 11 Fevereiro 2003
Ao tempo em que os governos da 7ª. Conferência das partes da Convenção de Mudança Climática (COP7) realizada em Marrakech em 2001, acordavam os últimos pontos da decisão que transformava os sumidouros de carbono em elegíveis para créditos conforme o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kioto, um grupo de ONGs formava a SinkWatch, uma iniciativa para o seguimento e controle de projetos de sumidouros de carbono relacionados com o Protocolo de Kioto.
Publicações 17 Novembro 2002
Disponível apenas em inglês. 
Artigos de boletim 7 Novembro 2002
O Conselho de Manejo Florestal (FSC em inglês) celebrará a sua assembléia geral no presente mês, em Oaxaca, México, e desejamos compartilhar a nossa preocupação em relação à certificação de plantações com os membros do FSC, em especial, com as organizações sociais e ambientais. Há anos que o WRM vem realizando campanhas contra a expansão das plantações de monocultura de árvores e documentando tanto os interesses ocultos por trás de sua promoção quanto os profundos impactos sociais e ambientais que elas acarretam.
Artigos de boletim 7 Novembro 2002
Uma equipe de 7 pesquisadores realizou uma avaliação das certificações da empresa V&M (Vallourec&Mannesman) Florestal Ltda., que teve em 1999 toda sua área de 235.886 hectares certificada pelo FSC através da certificadora SGS, bem como da Plantar Reflorestamentos S.A., que teve uma área de 13.287 hectares certificada pela SCS. Com a certificação, a V&M Florestal se tornou a empresa com a maior área certificada no Brasil.
Artigos de boletim 7 Novembro 2002
No Uruguai, todas as florestas são protegidas pela legislação e a sua exploração é proibida, a não ser que exista uma autorização expressa dos órgãos encarregados de cuidar de sua conservação. Portanto, nesse país, a certificação é um instrumento totalmente desnecessário para garantir a conservação das florestas. Não obstante, basta entrar na "lista de florestas certificadas", da página web do FSC, para descobrir a existência de 75 mil hectares de "florestas" certificadas no país.
Outra informação 7 Novembro 2002
Num release recentemente emitido, o FSC do Reino Unido afirma que a etiqueta do FSC na madeira e nos produtos de madeira oferece ao público uma "garantia de que a madeira utilizada é oriunda de florestas manejadas segundo as normas ambientais, sociais e econômicas mais exigentes", e que "toda pessoa que comprar produtos certificados pelo FSC estará ajudando a garantir um futuro mais certo para as florestas da Terra e os povos e a fauna que delas dependem".
Outra informação 7 Novembro 2002
Segundo a Agência Dinamarquesa de Proteção da Informação, a ONG ambientalista Nepenthes não pode aconselhar os consumidores dinamarqueses a não comprar em lojas onde corram o risco de adquirir móveis de jardim cuja fabricação tenha contribuído para a destruição de florestas tropicais.