Mineração em grande escala
Alimentada pela demanda cada vez maior e pelos ciclos de expansão e contração dos mercados globais de commodities, a mineração em grande escala destrói florestas e polui solos, ar e água. Conflitos violentos, exploração sexual, criminalização e expulsão de comunidades que vivem nas florestas destruídas pela mineração são exemplos de impactos sociais ligados à indústria da mineração.
É impossível pensar em extração sem pensar em uma vasta rede de infraestrutura complementar e, portanto, em desmatamento e destruição ainda mais amplos.
A construção de estradas, linhas ferroviárias e outras infraestruturas que ligam centros de produção e extração de recursos a grandes áreas de consumo está relacionada a formas profundamente antidemocráticas de planejamento elitista.
Os corredores de megainfraestrutura, que são prioridade em ambiciosos programas de investimento abrangendo o continente africano, estão voltados diretamente a facilitar a exportação de minérios e commodities agrícolas e a importação de manufaturados.
As assembleias de aldeia em Korchi, junto com a resistência contra a mineração, estão ativamente engajadas em reimaginar e reconstruir as instituições locais. Os coletivos de mulheres também começaram a afirmar sua voz nesses espaços. (Disponível em suaíli).
Na América Latina, as mulheres sempre fizeram parte das lutas históricas em defesa do território e do meio ambiente. Por meio de ações de mobilização e de práticas cotidianas, elas resistiram ao extrativismo e a todas as formas de violência contra si. (Disponível em suaíli).
O Tribunal Permanente tem sido uma ferramenta importante para as comunidades compartilharem suas lutas, além de questionar o status quo, levantando-se para dizer NÃO ao poder das grandes empresas, à impunidade e a uma agenda de desenvolvimento destrutiva. (Disponível em suaíli).
A proibição da agricultura tradicional indígena dos Delang, com o uso de fogo e tempos de descanso, ameaça a soberania alimentar e o tecido cultural desse povo. A grande maioria dos incêndios florestais na Indonésia teve início na expansão das áreas de plantações de dendê. (Disponível em indonésio).
Da Moçambique, onde as mulheres enfrentam escassez de água e poluição, à Zimbábue, onde a violência militarizada e muitas vezes sexualizada assombra o cotidiano das mulheres, o paradigma extrativista no Sul da África ameaça as vidas e os meios de subsistência das comunidades camponesas, principalmente de mulheres e meninas.