Artigos de boletim

As grandes plantações de monoculturas “roubam tudo o que as mulheres possuem, enquanto tomam as terras agrícolas e as florestas das quais as mulheres dependem para sua subsistência e para alimentar suas famílias”. Essa citação faz parte da declaração final de um encontro organizado em Port Loko, Serra Leoa, em agosto de 2017, que reuniu mulheres das regiões do Norte, Sul e Leste do país, juntamente com representantes de Camarões, Libéria e Guiné. (1)
As plantações de teca no Equador não são destinadas ao consumo interno da madeira, e toda a produção é exportada. Os benefícios econômicos para os locais onde essa madeira é produzida são muito poucos, devido à baixa demanda de mão de obra do cultivo, à ausência de investimento social por parte dos produtores, bem como à perda da soberania alimentar e à escassez de água que ela implica.
Há mais de 20 anos, esquemas de certificação como o Conselho de Manejo Florestal (FSC, na sigla em inglês) e a Mesa Redonda sobre Óleo de Palma (Dendê) Sustentável (RSPO) (1) ajudaram as empresas de plantações a garantir seus lucros e proteger sua reputação. Como eles fazem isso, quando os impactos das grandes plantações industriais de eucalipto, pínus, acácia e dendezeiros são tão óbvios para todos?
De 11 a 13 de outubro, a Cidade do México sediará uma “Conferência de Alto Nível sobre Aviação e Combustíveis Alternativos”, convocada pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). A OACI é uma organização especializada da ONU, com um longo histórico de representação dos interesses da indústria de aviação, ou seja, de companhias aéreas e fabricantes de aeronaves.
Córdoba, localizada na região central da Argentina, é uma das cinco maiores províncias do país. Entre 1904 e 2004, perdeu 95% da sua floresta nativa, principalmente como resultado da expansão da agricultura em grande escala. Seus índices anuais de desmatamento estão entre os mais altos do mundo, com graves consequências para o meio ambiente, a saúde e a soberania alimentar da população, de acordo com pesquisadores da Universidade Nacional de Córdoba (1).
Desta vez, o boletim do WRM trata de uma das estratégias centrais que as indústrias (principalmente as de mineração) vêm usando para conseguir se expandir no marco da chamada “economia verde”: a compensação por perda de biodiversidade. Consideramos que é importante alertar sobre o forte impulso empresarial que tenta que os governos relaxem suas leis ambientais e, portanto, aceitem certas atividades industriais em áreas anteriormente consideradas inviáveis.