Surgiram preocupações no Quênia sobre o grande consumo de água de árvores de eucaliptos, que em 2009 levaram ao Ministro do Meio Ambiente do país, John Michuki, a ordenar o desarraigamento de árvores de eucaliptos de zonas úmidas e à proibição de sua plantação ao longo de rios e vertentes. O WRM acolheu com satisfação essa ação e forneceu um panorama geral neste assunto no boletim 147 do WRM (outubro de 2009).
Artigos de boletim
A Asia Pulp and Paper (APP) é uma das empresas papeleiras mais polêmicas e destrutivas do planeta. A empresa já clareou vastas áreas de florestas tropicais para abastecer sua fábrica de celulose de dois milhões de toneladas ao ano em Sumatra, Indonésia.
O governo de Moçambique está dando andamento à expansão de monoculturas em grande escala de espécies exóticas de rápido crescimento, principalmente de eucalipto, pinheiro e teca, no norte do país. Em novembro de 2009, Winfridus Overbeek, membro da Rede Alerta contra o Deserto Verde e Domingos Firmiano dos Santos, líder comunitário afrobrasileiro (quilombola) de Angelim e líder nacional da CONAQ (Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas) fizeram uma visita de campo a Moçambique.
Em agosto de 2009, a Corporação Financeira Internacional (CFI) e pouco depois o mais abrangente Grupo Banco Mundial (GBM) do qual faz parte suspenderam o financiamento para o setor do dendezeiro. Isso foi uma resposta às reclamações críticas de ONGs indonésias, organizações de povos indígenas e ONGs internacionais que desencadearam um relatório de auditoria condenatório emitido pelo Ombudsman e Assessor em matéria de Observância da própria CFI.
Conforme a FAO, deter o desmatamento não é uma questão nem política, nem social nem ambiental: é só um assunto de definições.
A Asia Pulp & Paper (APP) é uma gigante do papel e celulose que tem estado desflorestando as florestas indonésias da província de Riau, Sumatra e destruindo as florestas de turfa de Kerumutan e Bukit Tigapuluh. Grande parte do desflorestamento da cobertura florestal original, estimado em 25 por cento, ocorreu em solos ricos em carvão.
A Comissão Européia alega que o rótulo ecológico da União Européia só é atribuído aos “melhores produtos, que são os que mais respeitam o meio ambiente”. Mas depois de o rótulo ecológico da EU ter sido atribuído à Golden Plus e à Lucky Boss, duas filiais, voltadas para a produção de papel para fotocópia, da Pindo Deli, uma subsidiária da Ásia Pulp and Paper, essa alegação é maquiagem verde.
Madagascar é a quarta maior ilha do mundo e frequentemente é retratada como um dos países mais pobres na África, sendo que mais de 75% da população depende principalmente da agricultura para seu sustento.
As zonas úmidas são ecossistemas com uma alta biodiversidade que permanecem perene ou temporariamente alagados por águas frescas, salobres, mistas ou marinhas com uma profundeza máxima de 6 metros. Em certos casos formam pântanos, marismas, turfeiras, lagos ou lagoas, geralmente acompanhados de pastagens, algas marinhas, mangues ou outra vegetação. Em outros, as zonas úmidas permanecem secas temporariamente e sem vegetação, aparentando desertos que se tornam produtivos e cheios de vida durante a época das chuvas.
No mês passado, foi anunciada uma nova Parceria do Carbono Florestal australiano- indonésia sob o programa de Iniciativa Internacional do Carbono Florestal- uma iniciativa do governo, com implementação conjunta da AusAID e o Departamento de Mudança Climática. O projeto experimental de A$ 30 milhões financiado por REDD (Redução das Emissões do Desflorestamento e a Degradação) será implementado na província de Jambi localizada na costa leste da Sumatra Central.
O conceito de áreas protegidas, nascido no século XIX nos Estados Unidos como uma idéia de conservação através do estabelecimento de “parques nacionais”, fez parte da colonização do “Oeste Selvagem” e tem sido em muitos casos um instrumento que serviu para a apropriação de território indígena que passou às mãos de Estados, centros de pesquisa ou interesses empresariais.
O Pambilar passou para a história do Equador por se tratar de 3123 hectares de floresta nativa do Chocó que desde 1997 têm sido disputados entre camponeses e a empresa madeireira Bosques Tropicales S.A. Borrosa, do grupo empresarial Peña Durini.