Em 2016, um canal de televisão na França (Canal 2) transmitiu uma reportagem que contava a história de Vincent Bo lloré, empresário à frente da empresa de plantação de dendezeiros Bolloré, subsidiária da multinacional Socfin. A reportagem mostrou os abusos sociais e ambientais cometidos em Camarões pela Socapalm, outra subsidiária da Socfin. Vincent Bolloré tem 38,7% das ações da Socfin. O empresário decidiu processar o jornalista por difamação, em uma clara estratégia de intimidação.
Outra informação
Um relatório do Instituto Oakland documenta detalhadamente os diversos abusos aos direitos dos maasais nas regiões de Ngorongoro e Loliondo, na Tanzânia. Nos últimos anos, centenas de casas dos maasais foram queimadas e dezenas de milhares de pessoas, expulsas de suas terras em nome da conservação e do turismo de safári.
Entre 15 e 17 de junho de 2018, povos indígenas e de comunidades que vivem e trabalham na floresta se reuniram em Sena Madureira, Acre, para denunciar as falsas soluções propostas pelo capitalismo verde para as degradações ambientais e climáticas. Denunciou-se os projetos que creem na falácia de que é possível seguir poluindo a terra, a água e a atmosfera em determinado ponto do planeta e “compensar” esta poluição por meio da manutenção de florestas em outra região.
Um artigo da Transparência Internacional em Portugal mostra como o poder político daquele país – que deveria gerir a floresta, o ordenamento territorial e os meios de prevenção e combate aos incêndios – é refém de interesses empresariais influentes. Segundo o artigo, isso explica por que tantas pessoas morrem e tanta área é arrasada pelo fogo, ano após ano.
Um plano apoiado pela China para construir a maior barragem do Camboja poderia “literalmente matar” o rio Mekong, segundo uma avaliação confidencial do governo à qual o jornal The Guardian teve acesso e que diz que o local proposto em Sambor é o “pior lugar possível” para uma usina hidrelétrica.
Povos das florestas se reuniram em Sena Madureira, Acre, para denunciar as falsas soluções do capitalismo verde e exigir o direito a suas terras. A retomada dos Jaminawa de seu território foi celebrada como exemplo da força da união dos povos.
O Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM) usará seus dados apenas para enviar as comunicações do WRM, como o Boletim, alertas de ação, novas publicações, notas à imprensa e outras.
As operações da Green Resources – uma empresa norueguesa de plantação industrial de árvores e compensação de carbono – resultaram na perda de terras e meios de subsistência e no aumento da fome em comunidades de Kachung e Bukaleba – onde estão as duas instalações da empresa em Uganda. Sua única compradora de créditos de carbono, a Agência Sueca de Energia, suspendeu um acordo de quatro milhões de dólares em 2014, até que houvesse solução para dez principais queixas associadas ao projeto.
Centenas de membros do povo baiga se reuniram em março de 2018 para se contrapor às tentativas das autoridades de expulsá-los das florestas nas quais vivem e que administram desde tempos imemoriais. Unindo as forças de mais de 70 aldeias diferentes, os protestos foram provocados por iniciativas oficiais para expulsar duas comunidades baiga de um “corredor” de vida selvagem.
Um relatório do Grupo ETC compara o sistema alimentar industrial com a pequena agricultura. A agricultura industrial recebe toda a atenção (e a maior parte da terra). É responsável por mais de 80% das emissões de combustíveis fósseis e usa mais de 70% do suprimento de água consumida na agricultura, mas produz apenas cerca de 30% da comida do mundo. Por outro lado, uma diversificada rede de pequenos produtores alimenta 70% do mundo, incluindo as pessoas mais famintas e marginalizadas.
A empresa francesa de energia EDF retirou sua ação cível contra um conjunto de ativistas britânicos envolvidos no grupo No Dash for Gas, que ocupou uma das usinas de energia da empresa em outubro do ano passado, depois de uma resposta massiva de solidariedade por parte da sociedade civil.