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A atual onda de assassinatos visando diretamente ativistas ambientais e feministas requer uma reflexão que inclua uma perspectiva de gênero. Muitos projetos comunitários baseados no modelo cooperativo de autogestão estão sendo liderados por mulheres – mulheres que são conscientes de si mesmas e querem ser livres da exploração, seja trabalhista, material, cultural ou patriarcal –, e que não compreendem sua libertação se suas irmãs também não forem libertadas.
Este novo relatório, publicado pelas ONGs Re:Common and Counter Balance, expõe a lógica absurda por trás das compensações de biodiversidade e explica como ela é implantada por empresas privadas – com o apoio dos governos e a legitimação de algumas organizações de conservação e acadêmicos – para fazer a lavagem verde em sua reputação e continuar operando como sempre fizeram. Acesse o relatório, em inglês, aqui.
No dia 21 de setembro, organizações e indivíduos do mundo todo dão visibilidade às inúmeras lutas contra a expansão das grandes plantações de monoculturas de árvores. Eucalipto, pínus, acácia, seringueira, teca, dendezeiro e outros tipos de plantações industriais causam impactos desastrosos. A data também enfatiza os impactos prejudiciais desse modelo de produção monocultor.
Em 2004, a Rede Alerta contra o Deserto Verde –que realiza campanhas no Brasil contra a expansão das plantações de árvores- teve a idéia de estabelecer o dia 21 de setembro (Dia da Árvore no Brasil) como o Dia Internacional contra as monoculturas de árvores. A idéia foi apoiada por organizações no mundo inteiro que desde então levam a cabo uma série de atividades especiais nessa data.
Uma equipe internacional de pesquisadores publicou um estudo na revista Ecology and Evolution que destaca os complexos impactos da introdução de uma espécie exótica. Desta vez, demonstrou-se que o eucalipto tem efeitos letais e subletais sobre larvas de insetos aquáticos, o que afetaria diferentes organismos que habitam os ecossistemas fluviais com plantações dessa espécie em suas margens.
O plantio de eucaliptos e acácias em grande escala, no âmbito de um projeto apoiado pelo Banco Mundial, na Índia, não apenas espremeu o rico lençol freático nos distritos de Bengaluru Rural, Kolar e Chikkaballapur, como também afetou as quantidades anuais de chuva na região.
A quinta edição de “Trait d’Union”, uma revista trimestral que serve de ligação entre as associações de populações cercadas por plantações da SOCAPALM, sindicatos de trabalhadores e plantadores de dendezeiros, está disponível. As edições do Magazine Trait d’Union podem ser baixadas gratuitamente em www.palmespoir.org
Mulheres manifestantes lideraram um bloqueio contra a mina de cobre de Panguna para evitar a assinatura de um Memorando de Entendimento entre o Governo autônomo de Bougainville e a empresa Bougainville Copper Limited (BCL). Elas também obtiveram uma liminar na justiça pela qual o memorando não pode ser assinado até segunda ordem. O memorando pretende permitir que a BCL reabra a mina antes de junho de 2019.
Em novembro de 2012, duas mulheres foram encontradas mortas nos limites de uma plantação de dendê. As mortes foram entendidas como uma clara advertência à aldeia de Klong Sai Pattana, em Surat Thani, sul da Tailândia. As vítimas haviam passado os quatro anos anteriores lutando contra a empresa de dendê Jiew Kang Jue Pattana Co. Ltd., em uma disputa de terras que engoliu essa pequena comunidade de cerca de 70 famílias. Durante décadas, a Jiew Kang Jue Pattana Co.