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A Malásia, junto com a Indonésia, é o líder mundial em produção de dendê cru para exportação mesmo que seja a um enorme custo. Conforme um relatório de Amigos da Terra de 2005, 87 por cento do desmatamento recente no país foi realizado para abrir caminho às plantações de dendê. Como as florestas tropicais da Malásia constituem um ecossistema dos mais diversos no planeta, o fato de desmatar essas áreas significa uma séria ameaça para inúmeras espécies vegetais e animais.
Em sua última Conferência das Partes (COP8), a Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD, sigla em inglês) adotou uma Decisão (VIII/ 19) muito importante, y convidou todo o mundo “ para providenciar opiniões relevantes e informações junto à Secretaria a fim de serem incluídas nesta avaliação”.
Em nossa edição anterior (Boletim Nº 110 do WRM), publicamos uma seção intitulada “A pior certificação de plantações”, que incluia o caso do Esquema Paneuropeu de Certificação Florestal (PEFC, sigla em inglês), um programa que endossa esquemas nacionais de certificação.
Recentemente, tive a oportunidade de viajar à província indiana de Bengala Ocidental e de visitar os “povoados florestais” de Dhoteria, Bagora e Mayung nos distritos de Darjeeling, Kurseong and Kalimpong. Para quem é de fora, a área montanhosa dos Himalaias parece estar coberta por densas florestas, formadas maioritariamente por árvores muito grandes. Porém, a população local sabe que essas não são florestas, senão antigas e novas plantações principalmente de duas espécies: cedro japonês (Cryptomeria japonica) e teca (Tectona grandis).
Mais adiante neste ano, a United Fiber Systems planeja abrir uma nova fábrica de lascas de madeira com capacidade de 700.000 toneladas ao ano em Alle-Alle, na ilha de Pulau Laut. A fábrica é o primeiro passo da UFS nos desenvolvimentos de pasta propostos para Kalimantan. As lascas de madeira serão exportadas para alimentar as fábricas de pasta e papel na China.
A conferência da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO) “Forest Plantations Meeting: Sustainable Forest Management with Fast Growing Plantations” (Reunião de plantações florestais: manejo florestal sustentável com plantações de rápido crescimento) realizada em 10-13 de outubro de 2006 enfrentou grande oposição de diferentes grupos de justiça ambiental e ecológica.
A Iniciativa Florestal Sustentável- lançada em 1995 pela American Forest & Paper Association (AF&PA), a associação de comércio de madeira mais poderosa no mundo- abrange uma área de 40.485.830 ha nos Estados Unidos e no Canadá. Trata-se, essencialmente, de um esquema de certificação da indústria florestal para a indústria florestal. As companhias membro da AF&PA, que incluem as maiores madeireiras nos Estados Unidos e Canadá e os maiores distribuidores atacadistas de produtos madeireiros, são responsáveis por 82% dos fundos do IFS.
Disponível apenas em espanhol. Por Silvia Ribeiro *
Há alguns meses, tanto no Uruguai quanto no sul do Brasil começaram a circular reiterados depoimentos, tanto de funcionários da empresa sueco- finlandesa Stora Enso, quanto das altas hierarquias dos governos de ambos países, sobre as vantagens que terá para a população local a instalação de fábricas de celulose dessa empresa na região.
O estabelecimento de monoculturas de árvores de rápido crescimento para produzir a chamada madeira rápida se tem acelerado no Camboja depois da transição do país para uma economia orientada ao mercado no começo da década de 90. As plantações propostas e estabelecidas de acordo com o paradigma de desenvolvimento das ‘concessões econômicas’ incluem as madeiras rápidas da acácia, do pinus e do eucalipto. A maioria dessas concessões econômicas violam a lei cambojana e há pouca evidência de que outorguem os benefícios propostos e renda para o estado.
O estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) “Preliminary Review of Biotechnology in Forestry Including Genetic Modification” (ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/008/ae574e/ae574e00.pdf), publicado em dezembro de 2004 resumiu o estado da biotecnologia na atividade florestal em geral, fazendo referência especificamente à modificação genética das árvores. Em suas constatações informa sobre 225 testes de campo ao ar livre de árvores GM no mundo inteiro, em 16 países.