Megabarragens e outras infraestruturas
As operações industriais exigem uma vasta rede de infraestruturas: estradas, portos, hidrovias, ferrovias, etc., que cortam os territórios das florestas e das comunidades para transportar mercadorias e minerais para os centros industriais. As mega-hidrelétricas, embora se considere que forneçam “energia limpa”, inundam florestas e geram energia principalmente para indústrias poluentes e grandes centros urbanos.
O Povo Balik arcará com os impactos dos planos de construção do megaprojeto da Nova Capital da Indonésia em Bornéu. As autoridades e as elites empresariais do país certamente estão entre os beneficiados. (Disponível em indonésio)
Nos modelos dominantes de produção e consumo de energia, a centralização da matriz energética e a concentração do poder decisório permanecem, e com todas suas marcas de desigualdades, do patriarcado e do racismo ambiental, mesmo quando mude a a fonte de energia.
O WRM conversou com aliados próximos, oriundos de Brasil, Gabão, Índia, México e Moçambique para ouvir e aprender sobre suas visões de desenvolvimento.
A aprovação de uma estrada a ser construída dentro da primeira Concessão para Restauração de Ecossistemas na Indonésia evidência as contradições. (Disponível em indonésio).
Embora a fumaça dos incêndios florestais no Brasil pudesse ser vista com facilidade nas reportagens da mídia, bem mais difícil era enxergar o que estava por trás da cortina de fumaça do governo brasileiro: ações que levarão a floresta a uma morte rápida.
O crescimento da extração de minérios e produção minero-metalúrgico e a consequente multiplicação das barragens de resíduos tóxicos ocorreram na mesma proporção dos vazamentos e rompimentos de barragens de resíduos em diversos do mundo. E evidente a complexidade social, histórica, política e econômica de esses desastres.
“Se as nossas terras, nossas fontes de água, nosso ar e nossos meios de subsistência estão sendo destruídos pela exploração geotérmica, como se pode chamar essa energia de “limpa”? Limpa para quem?” Apesar da criminalização, sua luta está ficando maior e mais forte.
A construção da fábrica da Suzano, juntamente com as estradas contíguas, o constante transporte de madeira e o afluxo maciço de trabalhadores, trouxeram muita devastação para as populações. Este é o testemunho de uma mulher que luta pelo seu território.