Índia: plantações arrancam as mulheres de suas florestas tradicionais

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India: Plantations uproot women from their customary forests

Por meio da história de Uma Bai Netam, uma mulher do povo Gond, na Índia, o artigo que recomendamos nos permite entender como as mulheres de comunidades tradicionais estão sendo especialmente impactadas pela política de plantio de monocultura de árvores comerciais para a suposta compensaçãode áreas de florestas destruídas por projetos extrativistas ou de infraestrutura. Entre meias vitórias de Uma e de outras mulheres indianas - como o direito legal à terra onde vivem e trabalham por décadas, mas com a condição de ter que ceder parte significativa da área para políticas governamentais que visam estabelecer monocultivos de árvores -, o artigo escancara as contradições perversas de mais essa política do capitalismo verde.

E se as mulheres, principais usuárias das florestas, detentoras e promotoras de conhecimentos tradicionais, são as mais impactadas por esse modelo predatório, é nelas também que está a semente da resistência a essa política. Elas desafiam obstáculos sociais, econômicos e institucionais em defesa da natureza e de sua cultura. Mobilizam-se contra essa política que tem levado à usurpação de terras comunitárias, desmatamento de áreas de floresta nativa e à privação do acesso da comunidade às áreas de floresta. 

O artigo pode ser lido aqui. Deixamos o convite para que entendam a fundo esse processo, boa leitura!

E nunca é demais lembrar que esse artigo é parte do Boletim ´Mulheres, plantações de árvores e violência: construindo resistências´, onde você poderá encontrar outros textos sobre como as monoculturas industriais impactam a vida das mulheres e as maneiras pelas quais elas resistem e defendem seus territórios. Fica a dica.