As empresas de plantações industriais de árvores tentam nos fazer acreditar que o mundo está destinado a um consumo cada vez maior de produtos de celulose e papel como uma consequência inevitável do desenvolvimento. Mas, na realidade, esta indústria é impulsionada pelo imperativo capitalista de aumentar continuamente os lucros, e não por qualquer crescimento verdadeiro da demanda por papel.
Os impactos nocivos das plantações de monoculturas de árvores e de fábricas de celulose e papel cada vez maiores vêm sendo bastante documentados e denunciados há décadas: invasão de terras de pequenos agricultores, indígenas e comunidades tradicionais, poluição e esgotamento de fontes de água, degradação e destruição do solo, e violência contra comunidades, principalmente mulheres, que costumam ser responsáveis por cuidar da terra, cultivar alimentos e proporcionar água a suas famílias.
A indústria justifica tudo isso em nome de atender a uma suposta demanda crescente por papéis para impressão, produtos de embalagem para consumidores e indústrias, e lenços de papel. No entanto, este documento do WRM defende que, na realidade, a indústria trabalha de forma ativa para criar e sustentar uma demanda cada vez maior por fibras de madeira por meio de marketing e lobby. E que discursos sobre "sustentabilidade" e "bioeconomia" são usados como argumentos adicionais para a expansão contínua, desviando a atenção dos graves danos ambientais e sociais que essa indústria causa.
Reconhecer esses padrões e mencioná-los em debates públicos e ferramentas de informação é um passo importante, não apenas para questionar ainda mais as falsas narrativas do setor, mas também para fortalecer as inúmeras lutas de comunidades que defendem a vida e a dignidade ao retomar terras e meios de vida usurpados por empresas de plantações ou ao proteger os territórios dos quais dependem de mais plantações.
ABAIXO as plantações industriais de árvores!!!
21 de setembro de 2025, Dia Internacional de Luta contra as Monoculturas de Árvores