Desde 1994, uma organização holandesa chamada FACE Foundation tem estado trabalhando no Parque Nacional de Monte Elgon. A FACE trabalha com a Autoridade Ugandense de Fauna e Flora Silvestres (UWA), que é responsável pelo manejo dos parques nacionais em Uganda. O projeto UWA-FACE visa a plantar árvores em uma área de 25.000 hectares justamente dentro dos limites do parque nacional. Até agora o projeto UWA-FACE tem plantado 8.500 hectares.
Artigos de boletim
Há poucos dias acabou a décima segunda sessão da conferência das partes sobre Mudança Climática –COP 12- e com seu fechamento se confirmou, mais uma vez, a escassa vontade dos governos e partes envolvidas para procurar soluções contundentes para a crise climática que estamos experimentando. O que sim ficou evidenciado foi o interesse por promover o uso das estratégias inventadas para solucionar a problemática climática, isto é, aquelas baseadas em mecanismos de mercado, destacando nesse grupo os projetos de plantações florestais como sumidouros de gases de efeito estufa.
Em 2003, um comitê da 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC, sigla em inglês), realizada em Milão, estabeleceu que as árvores transgênicas podiam ser usadas dentro do chamado Mecanismo de Desenvolivimento Limpo (MDL) em plantações estabelecidas sob a hipótese de compensarem as emissões de carbono das indústrias no Norte industrializado.
A perda de cobertura florestal no Quênia tem contribuído para diminuir os meios de sustentação de muitos quenianos, causada pela redução na produtividade da terra, a fome e a seca. A atual seca experimentada no país em 2005/2006 é um exemplo disso. Informou-se de mortes de gado em grande escala e em muitos locais, testemunharam-se casos de conflito sobre o uso dos recursos, levando à perda de vidas humanas.
A província indiana de Bengala Ocidental possui o singular recorde de estar governada pelo mais antigo 'governo de esquerda eleito democraticamente' no país e também no mundo inteiro, como a esquerda nunca deixa de apontar.
A violência impôs-se nesse estado 'de esquerda' e o terror se desencadeou contra os camponeses, trabalhadores agrícolas e pequenos comerciantes em Singur, uma área agrícola localizada na fértil bacia do Rio Ganga.
A substituição dos combustíveis fósseis por biocombustíveis (elaborados a partir de biomassa vegetal) pode parecer um passo na direção correta para evitar o agravamento da mudança climática. No entanto, os planos previstos para sua produção e uso não apenas não solucionam esse sério problema mas agravam muitos outros.
O Escritório de Pesquisa Biológica e Ambiental do Departamento da Energia está financiando um estudo por três anos com US$ 1,4 milhões realizado por pesquisadores da Universidade de Purdue com o objetivo de determinar formas para alterar o conteúdo de lignina e provar se as modificações genéticas afetam a qualidade das plantas usadas para produzir biocombustíveis. Uma árvore híbrida de álamo é a base para a pesquisa que faz parte do objetivo do DOE para substituir 30 por cento do combustível fóssil usado anualmente nos EUA para transporte por biocombustíveis até 2030.
Em 1972, um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) sobre as tendências crescentes de consumo colocou em alerta os políticos e cientistas do mundo inteiro. O estudo, denominado “Os limites do crescimento” foi encomendado por uma equipe internacional de cientistas, pesquisadores e industriais –conhecidos depois como o Clube de Roma- e se transformou em um clássico para a análise da relação entre produção e ambiente.
As modalidades do consumo e produção de biocombustível já estão causando um impacto negativo sobre a segurança alimentar, os meios de vida rurais, as florestas e outros ecossistemas e espera-se que esses impactos negativos se acumulem rapidamente. A produção de biocombustível em grande escala, orientada à exportação, requer monoculturas em grande escala de árvores, cana-de-açúcar, milho, dendezeiro, soja e outros cultivos. Essas monoculturas já constituem a causa número um do despovoamento rural e do desmatamento no mundo inteiro.
No mundo há aproximadamente 800 milhões de automóveis que consomem mais de 50% da energia produzida no mundo, o que faz com que o automóvel individual seja o primeiro causador do efeito estufa. Apesar de que existe consenso em que a mudança climática é uma realidade, não há intenções sérias de mudar o estilo de vida que o causa, e em vez disso, procuram-se soluções tecnológicas que permitam manter os lucros das empresas que se beneficiam com esse modelo.
Neste contexto, nos últimos anos começaram a promover-se os biocombustíveis como uma alternativa ao aquecimento global.
Em julho de 2006, a /Pulp and Paper International/ apresentou um relatório em um congresso denominado World Bioenergy 2006 (Congresso Mundial de Bioenergia 2006). O congresso foi realizado na Suécia, onde os biocombustíveis fornecem 25 por cento da energia e a maior parte de sua calefação.
Hoje parece que todas as pessoas concordam em que o clima da Terra está mudando em decorrência direta das atividades humanas e que as conseqüências sociais, ambientais, políticas e econômicas serão catastróficas se nada for feito –e rapidamente– para abordar o problema.