O enorme complexo de alta tecnologia de papel e celulose da Aracruz Celulose localizado em Barra do Riacho, na região sudeste do Brasil, tem acarretado importantes conflitos decorrentes da invasão que a companhia fez nos territórios dos povos indígenas Tupinikim e Guarani. Mas não só tomaram posse da terra; a fábrica da empresa e suas plantações de monoculturas de árvores em grande escala que se espalham ao longo de mais de 175.000 hectares no norte do Estado do Espírito Santo e na maior parte do sul do Estado da Bahia também se apropriaram dos recursos hídricos.
Artigos de boletim
O aeroporto de Eindhoven, na Holanda, proclama-se como o primeiro aeroporto europeu em que aqueles que viajarem a partir de maio de 2007 poderão compensar as emissões de seu vôo ao fazerem doações para projetos de plantação de árvores. No entanto, na semana passada, grupos de ativistas em Londres criticaram esse tipo de compensação de carbono. Então, é possível acreditar na compensação das emissões de carbono?
No passado 9 de abril, a organização galega APDR (Asociación pola defensa da Ría) fez uma declaração oficial quanto à certificação do FSC à NORFOR- filial da empresa espanhola de papel e celulose ENCE, que tinha sido certificada em abril de 2005.
O estudo de caso “Swaziland: The myth of sustainable timber plantations” (Suazilândia: o mito das plantações madeireiras sustentáveis) realizado por Wally Menne e Ricardo Carrere e publicado em março de 2007(disponível em http://www.wrm.org.uy/countries/Swaziland/Book_Swaziland.pdf), visa a desvelar o mito das plantações sustentáveis na Suazilândia e mostrar que as plantações de monoculturas de árvores em grande escala nesse país têm impactos negativos similares aos de outros lugares e não são uma exceção à regra.
Ninguém com mente sã pode acusar o Presidente George W. Bush de que se preocupa demais com a mudança climática. Seu currículo na matéria é impecável e tanto seu apoio irrestrito à indústria petroleira quanto suas guerras petroleiras têm significado importantes contribuições ao aquecimento global. Se ficarem dúvidas, sua persistente negativa a assinar o Protocolo de Kyoto o transforma no líder indiscutível dos que mais contribuem com a destruição do clima do planeta Terra.
O problema da perda de territórios pelos camponeses e povos indígenas em favor de projetos industriais tem várias pontas no Brasil e o Movimento dos Sem Terra (MST) leva adiante uma luta para contra-arrestar esse processo.
Temos informado a respeito das sucessivas ocupações de terras plantadas com vastas monoculturas de eucaliptos para a produção de celulose –uma dessas ocupações protagonizada recentemente por mulheres da Via Campesina/MST por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
O etanol é um biocumustível, geralmente obtido a partir de milho ou cana-de-açúcar, que vem sendo promovido com muito entusiasmo como um combustível alternativo que pode ser misturado com gasolina comum ou queimado diretamente em motores “flex fuel” (movidos a dois combustíveis).
Se a intenção for deter a mudança climática, o comércio do carbono não é a solução.
Em 1992, uma infame nota vazada à imprensa, de Lawrence Summers, o economista chefe do Banco Mundial da época apontava que "a lógica econômica de despejar resíduos tóxicos nos países de salários mais baixos é impecável e deveríamos enfrentá-la".
A recentemente emitida Revisão Stern sobre mudança climática escrita por um homem que exerceu o mesmo cargo no Banco Mundial de 2000 até 2003, aplica-se a um tipo similar de ambientalismo de livre mercado com a mudança climática.
A atual matriz energética está formada basicamente por petróleo (35%), carvão (23%) e gás natural (21%). Os países da OECD- Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico- que são responsáveis por 56% do consumo energético global necessitam urgentemente um combustível líquido que substitua o petróleo. Neste ano, os índices de extração de petróleo no mundo inteiro devem atingir seu nível máximo, e é provável que nos próximos cinqüenta anos o fornecimento global diminua de forma considerável.
O sul de Camarões é vermelho e verde. Verde como a floresta da bacia do Congo, que respira e bate, e que oferece a seus habitantes os recursos bióticos necessários para a subsistência; vermelho como os caminhos empoeirados pelos que transitam caminhões transportando os corpos de gigantes da floresta que serão transformados em móveis, parquetes, portas, etc. Pelas veias abertas de Camarões flui seu elemento vital para o porto de Douala, onde o vampiro do Norte vem para saciar sua sede…
O Ministério do Ambiente está colocando em perigo os territórios indígenas no Equador. Sob um novo termo- “co- manejo”, pretende entregar nossas terras ancestrais e seus recursos naturais a madeireiros, palmicultores e mineiros.
Como os governos estaduais em muitas outras partes da Índia, o governo do Estado de Jharkhand está planejando uma expansão industrial em grande escala em toda a região em nome do "desenvolvimento" e da "redução da pobreza". Para a consternação e desilusão dos movimentos massivos em Jharhand, os recentemente eleitos funcionários do governo planejam apoiar acordos ajustados pelo antigo governo estadual com as principais companhias de aço e mineradoras. Em troca de 169198 crores de rúpias (c.