Uma publicação recente do WRM explica como funciona a agricultura por contrato com empresas de óleo de dendê e por que ela é uma grave ameaça à pequena agricultura e à soberania alimentar. A cartilha analisa nove das promessas mais frequentes das empresas e, o mais importante, as informações que elas ocultam por trás de cada promessa.
Outra informação
Um artigo recente da Mongabay alerta sobre como a indústria do óleo de dendê está se expandindo rapidamente na Amazônia brasileira. A cobertura de dendê no norte do Pará aumentou quase cinco vezes entre 2010 e 2019. Estudos mostram que a conversão de florestas em plantações de dendê é um grande problema. A maior parte da produção de óleo de dendê do Brasil é controlada por oito empresas.
Um artigo acadêmico de Janina Puder denuncia como a indústria do óleo de dendê na Malásia utiliza muito a mão de obra barata dos trabalhadores migrantes para manter o óleo de dendê lucrativo e competitivo globalmente.
Um relatório da organização London Mining Network destaca que o extrativismo é um processo militarizado: ele rompe ecossistemas e habitats de forma violenta. Ao fazer isso, desloca as comunidades que antes tinham conexões permanentes com a terra e depois as policia, aplicando várias táticas de contrainsurgência para manter a legitimidade extrativista. Da mesma forma, o militarismo é um processo extrativo, pois precisa de grandes quantidades de metais e minerais para inovar e reunir tecnologias mais mortíferas de controle e destruição. Além disso, alimenta a crise climática.
As empresas de combustíveis fósseis e grupos de interesse na Europa captaram dezenas de bilhões em dinheiro público dos pacotes de recuperação econômica da Covid-19.
Mais de 500 especialistas conclamam as nações do mundo a não queimar florestas para produzir energia
Em fevereiro de 2021, mais de 500 cientistas e economistas divulgaram uma carta pedindo a interrupção da queima de florestas para produzir energia em usinas de carvão mineral convertidas, bem como o fim dos subsídios que agora impulsionam a demanda explosiva por pellets de madeira. A queima de madeira para produzir eletricidade explodiu desde que a ONU classificou essa fonte de energia como “neutra em carbono”, o que permite que governos e empresas queimem madeira em vez de carvão mineral e não contabilizem as emissões, o que ajuda a cumprir suas metas climáticas.
Um livro gratuito com 15 capítulos enfocando significados, agendas, bem como implicações locais e globais da bioeconomia e das políticas de bioenergia na América do Sul, na Ásia e na Europa, explora a forma como a “transição energética” representa um reforço e um desafio em termos de desigualdades socioecológicas.
Mais dois jovens foram mortos nas plantações industriais de dendê da empresa Plantations et Huileries du Congo (PHC). Os bancos de desenvolvimento europeus vêm financiando a PHC há anos e concordaram em entregar as plantações a um obscuro fundo de private equity quando a proprietária anterior, a Feronia Inc., faliu em 2020, após ter recebido mais de 100 milhões de dólares em financiamento para o desenvolvimento.
O WRM compilou artigos em indonésio e em inglês para expor os muitos processos de controle por parte das empresas, que estão ameaçando as florestas e os territórios das pessoas nas diversas ilhas. A compilação também destaca as resistências fortes e contínuas contra as muitas tentativas de destruir e tomar terras e territórios dos povos da floresta.
A crescente demanda por óleo de dendê veio com o alto preço da destruição da floresta tropical, da exploração de mão de obra e da brutal apropriação de terras e água. Comunidades que vivem dentro e próximo das plantações de dendê na Indonésia e em outros lugares estão profundamente preocupadas com suas fontes de água doce. Mas até agora, esse impacto de longo prazo sobre os riachos de água doce ao redor das plantações de dendezeiros parece ter sido esquecido.
Desde que o Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, o desmatamento não só está em alta, está cada vez mais fora de controle. Isso ocorre muito em função do desmantelamento dos órgãos de controle do governo. Significa que aqueles que desmatam estão ainda mais incentivados pela certeza da impunidade. Junte-se a isso uma política econômica neoliberal de privatização da floresta, e outras ações criminosas que colocam na prática a floresta e o Brasil à venda. Bolsonaro assinou recentemente o Decreto No.
Uma publicação recente (Chasing Carbon Unicorns: The Deception of Carbon Markets and “Net Zero”) desvenda a ciência por trás das alegações de emissão “líquida zero” e como elas são usadas para ocultar a falta de ações com relação ao clima. Exploram-se as novas estratégias para expandir os mercados de compensação de carbono, vinculadas a uma nova demanda de emissão “líquida zero” para compensações.
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