Outra informação

Um abaixo-assinado denuncia os bancos públicos de desenvolvimento por financiar empresas e projetos privados com forte impacto sobre as comunidades, sua soberania alimentar e seus territórios. De 9 a 12 de novembro de 2020, 450 instituições financeiras se reuniram para a primeira cúpula internacional de bancos públicos de desenvolvimento, batizada de “Finanças em Comum” e organizada pelo governo francês.
A entidade argentina Productores Independientes de Piray se organizou para frear a monocultura do pinus e a empresa Alto Paraná, adquirida em 1996 pela multinacional de celulose Arauco. As agricultoras e os agricultores resistiram e conseguiram algo raramente visto: a expropriação das terras da multinacional. Elas e eles também produzem alimentos para a soberania alimentar.
O último boletim relacionado à pandemia global da organização Focus on the Global South reúne sete artigos que colocam a questão de como – e se – podem surgir transformações econômicas estratégicas neste contexto da pandemia. Leia, em inglês, aqui.
Integrantes do Movimento por um Uruguai Sustentável (Movus) denunciam na Justiça que a empresa de celulose UPM não cumpriu as condições ambientais que permitiram a instalação de sua nova fábrica de celulose no departamento de Durazno, Uruguay. Exigem a suspensão das obras em andamento enquanto esses requisitos não forem totalmente atendidos.
Este livro de 1992, organizado por Wolfgang Sachs, reúne mais de 15 conceitos fundamentais que serviram de base e meio de expansão para o discurso destrutivo sobre “desenvolvimento”. Cada um dos conceitos analisados cristaliza um conjunto de pressupostos que reforçam a visão ocidental do mundo, onde certos aspectos e temas da realidade são destacados enquanto outros são excluídos. Uma reflexão necessária que permanece em vigor até hoje.
A Marcha Mundial das Mulheres e a Sempreviva Organização Feminista (SOF) produziram uma série de vídeos com reflexões, a partir de uma crítica feminista, sobre o poder das empresas em três setores industriais de exploração: a indústria de alimentos, a digitalização e a indústria têxtil.
A ONG Global Witness divulgou recentemente seu relatório de 2019 sobre a violência contra os defensores da terra e do meio ambiente – aqueles que estão na linha de frente da resistência à devastação e à exploração de pessoas e territórios. O relatório evidencia que 2019 foi o ano com o maior número de pessoas assassinadas desde 2012, quando a ONG começou a publicar dados. Um total de 212 defensores da terra e do meio ambiente foi morto em 2019, uma média de mais de quatro pessoas por semana. Mais da metade de todos os assassinatos relatados ocorreram em dois países: Colômbia e Filipinas.
Três quartos das concessões de dendezeiros na Indonésia e no Bornéu malásio certificadas pela Mesa Redonda sobre Óleo de Dendê Sustentável (RSPO) ocupam terras que eram florestas e/ou habitats de vida selvagem há 30 anos.
Uma rede de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais lança uma carta para expor as ações das empresas que aproveitam o momento de crise com a pandemia de Coronavírus para fortalecer a imagem de suas marcas com doações a populações em situação de vulnerabilidade, ao passo que seguem operando em meio a pandemia.
Convidamos você a responder o questionário. Suas contribuições, sugestões e críticas construtivas são essenciais para o planejamento e a produção do Boletim.
O documentário Selling out West Papua (Vendendo Papua Ocidental, em tradução livre), exibido pela Al Jazeera, com reportagens associadas dos portais de notícias Gecko e Mongabay, revela como duas empresas coreanas, Posco e Korindo, estão se envolvendo em negociatas corruptas na compra de muitas florestas para estabelecer plantações industriais de dendê em Papua Ocidental. Os impactos para as comunidades são devastadores.
Em uma série de artigos, comunidades que dependem das florestas falam sobre a violação de seus direitos à floresta como resultado de medidas de governos permitindo a destruição de florestas em função de projetos de produção de energia hidrelétrica e do carvão, que foram aprovados ou acelerados na pandemia.