Artigos de boletim

O objetivo do manejo florestal colonial britânico do século XIX era assegurar ao Estado colonial o controle das florestas, a fim de garantir o fornecimento regular de madeira. Na região de Mekong, ainda há vestígios da abordagem colonial, onde os estados continuam disputando com as comunidades locais o controle das florestas.
La "Estrategia Revisada sobre Bosques del Grupo Banco Mundial" aprobada el 31 de octubre de 2002 contiene afirmaciones muy significativas como: "Existe un vínculo muy estrecho entre las formas de sustento de los pobres y los bosques", y "(es) una noción básicamente falsa que los pobres son la causa de la deforestación de los países en desarrollo".
A projetada represa Nam Theun 2 (NT2), no planalto de Nakai, região central da República Democrática Popular do Laos, teria 48 m de altura, 320 m de comprimento e uma potência de cerca de mil megawatts. Seria construído um lago artificial de 450 km2, com 3 bilhões de metros cúbicos. A água do lago circularia através de túneis de 40 km, até uma central elétrica localizada na base do planalto de Nakai, na beira do rio Xe Ban Fai. O porte do projeto e a sua localização terão um impacto substancial na diversidade biológica e nos povos da região.
Até o fim do ano, a diretoria do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB, em inglês) decidirá se financia um projeto intitulado "Plantio de árvores para melhorar a subsistência" no Laos, o qual está sendo elaborado por um consórcio de consultores. Não obstante, os preparativos estão acontecendo sem debate público e aberto. Segundo Akmal Siddiq, economista chefe de projetos do ADB, "os rascunhos redigidos até agora não estão prontos para distribuição ao público e somente estarão disponíveis depois da aprovação da diretoria".
No dia 11 de março, a Comissão Plenária da Secretaria Técnica Nacional Ambiental (SETENA) da Costa Rica reprovou taxativamente o Estudo de Impacto Ambiental apresentado pela empresa Indústrias Infinito S.A. (IISA) para o Projeto de Mineração Crucitas, localizado na área de Concessão para Exploração Mineira cedida pelo Ministério do Ambiente e Energia (MINAE) do governo anterior.
Recentemente, uma comissão de emergência, patrocinada pelo Global Exchange, voltou da Reserva da Biosfera Integral de Montes Azuis, em Chiapas, México, e fez as seguintes declarações: Denunciamos a iminente transferência forçada das comunidades indígenas assentadas em Montes Azuis. Além disso, concordamos com a maioria das ONGs em que esse deslocamento é apenas um pretexto para explorar comercialmente a região, por exemplo, através de exploração de petróleo, bioprospecção e construção de represas hidrelétricas.
Em carta enviada ao presidente Lula nesta quinta-feira (20/03), instituições alertam para os possíveis riscos socioambientais envolvidos na ampliação da área de florestas plantadas [1], como reivindicado recentemente pelo setor, caso não seja estabelecido um planejamento adequado.
Séculos a fio os mapuche barraram as incursões européias em seu território. Na atualidade, confinados em reservas chamadas "reduções", a maior parte dos mapuche são agricultores empobrecidos ou mão-de-obra camponesa, ou vivem como minoria marginalizada nas cidades chilenas. Não obstante, eles estão resistindo. "O nosso objetivo é recuperar o território do povo mapuche", declara Ancalaf, 40 anos de idade, numa entrevista, na prisão, com o jornalista Héctor Tobar, do jornal Los Angeles Times.
Imagine um vazamento de petróleo duas vezes o tamanho do desastre da Exxon Valdez. De fato, isso aconteceu na região amazônica do Equador, no período 1971-1991, quando a Texaco sistematicamente verteu lixo tóxico em banhados, rios e veredas prístinas. Como resultado, perderam-se 10 milhões de quilômetros quadrados de selva (veja --em inglês-- www.amazonwatch.org/megaprojects/ec_chevtox/).
O plano para a promoção florestal lançado pelo governo em 1988 - baseado na promoção de monoculturas florestais em grande escala - prometeu geração de emprego e entrada de divisas, através do aumento das exportações. Para atingir esses objetivos, o Estado uruguaio investiu fortemente, incluindo subsídios diretos, isenção de impostos, créditos brandos e investimento em infra-estrutura. Para o ano 2000, o Estado tinha destinado para o setor US$ 69,4 milhões em subsídios diretos.
No ano passado, participei numa conferência realizada na Cidade do Cabo, sobre a questão que dá título ao presente artigo, onde, aparentemente, era enfatizada a participação do setor privado na propriedade e gestão das plantações. Como indígena de um país que possui grandes áreas com plantações de monoculturas de espécies exóticas, nunca tinha pensado muito na propriedade dessas áreas. No meu país, historicamente, as plantações são de propriedade do Estado, embora, nos últimos tempos, tenham sido vendidas algumas delas.
Vários grupos da Papua-Nova Guiné (PNG), do Pacífico, da Austrália e internacionais divulgaram uma carta aberta endereçada ao Primeiro Ministro desse país, Michael Somare, expressando sua "profunda preocupação e crescente frustração com a atual gestão do governo no setor das florestas da Papua-Nova Guiné e com o impacto debilitador na economia e segurança da nação", anexando provas que fundamentam essa preocupação e exortando o governo a agir.