Artigos de boletim

As árvores transgênicas são uma ameaça mundial contra as florestas e a diversidade biológica como um todo. Características como resistência a herbicidas, produção de inseticidas, rápido crescimento e baixo conteúdo de lignina, somadas à incapacidade para manter a esterilidade, praticamente garantem a devastação dos ecossistemas de floresta.
No dia 26 de março de 2003, foi enviada uma carta com mais de 50 assinaturas de ONGs, igrejas, movimentos e sindicatos brasileiros aos investidores do Fundo Protótipo de Carbono (FPC), do Banco Mundial, exortando-os a não comprar créditos de carbono provenientes do controverso projeto Plantar, em Minas Gerais, Brasil.
Esta nossa era de processos cada dia mais acelerados na garupa do desenvolvimento tecnológico também é cenário da perda igualmente vertiginosa dos recursos naturais, devido à sobreexploração dos mesmos para possibilitar uma forma de produção, consumo e vida que fecha o círculo vicioso.
Devido à sua diversidade natural e cultural, a região do Chocó (com uma área de 75 mil km2, no litoral do Pacífico colombiano) é um ecossistema estratégico, apresentando a maior concentração de biodiversidade do mundo quanto ao número de espécies por hectare (ver o boletim 44 do WRM). Da superfície original com florestas heterogêneas, apenas resta 40%, resultado, principalmente, da colonização, da expansão da fronteira agrícola, da pecuária e da extração de madeira.
Em quase todos os países, as monoculturas de árvores em grande escala impuseram-se e desenvolveram-se após modificações na legislação de cada país, de sorte que empresários nacionais e estrangeiros têm todo tipo de benefício, subsídios diretos e indiretos, isenção de impostos e, até, créditos brandos e reembolso por plantações em grande escala.
As empresas madeireiras foram avisadas da existência de pessoas que lhes apresentam documentação que aparenta ter a aprovação de tribos e governos provinciais. A advertência foi feita por Ray Mano, ex-presidente do Conselho de Área de West Big Ngela, quem afirmou que a situação é generalizada entre os titulares de licenças para extração de madeira em Ngela. Ele explicou que o fato tornou-se público recentemente, quando uma ou duas pessoas foram persuadidas com artimanhas a assinarem documentos, autorizando operações de extração de madeira em territórios tribais.
Em quase todos os países, as monoculturas de árvores em grande escala impuseram-se e desenvolveram-se após modificações na legislação de cada país, de sorte que empresários nacionais e estrangeiros têm todo tipo de benefício, subsídios diretos e indiretos, isenção de impostos e, até, créditos brandos e reembolso por plantações em grande escala.
Será que alguém ia imaginar que o telefone celular está manchado do sangue de 3,5 milhões de mortos desde 1998? E que a mesma coisa acontece com alguns vídeo games infantis? E que as megatecnologias contribuem para a depredação florestal e a espoliação dos ricos recursos naturais de povos paradoxalmente empobrecidos?
A empresa Tiomin Kenya Limited, subsidiária da Tiomin Resources Inc., do Canadá, começou a explorar as areias minerais do litoral queniano em busca de titânio (ver o boletim 38 do WRM). Ao longo de 402 quilômetros, a área abriga uma cultura tropical única, com arquitetura árabe antiga, recifes de coral e frágeis ecossistemas.
No dia 31 de março, no porto italiano de Ravenna, ativistas do Greenpeace denunciaram a existência de um carregamento contendo "madeira de conflito" de floresta tropical úmida, termo definido pela ONG Global Witness, com sede na Grã-Bretanha, como "madeira comercializada em algum ponto da rede de custódia por grupos armados, quer facções rebeldes, soldados do exército regular ou a administração civil, quer para perpetuar o conflito, ou para tirar vantagem das situações de conflito, visando lucros pessoais".
Recentemente, teve importante divulgação um artigo em que é analisada a "ameaça" que supõe a atividade de colhedores ilegais de plantas medicinais para as florestas nativas sul-africanas. Michael Peter, diretor de Manejo de Florestas Nativas, do Departamento de Águas e Manejo Florestal da África do Sul, afirmou que "o comércio de plantas medicinais é a causa principal da degradação das florestas na África do Sul".
"A estratégia consistiu em sobreviver". Essa foi a resposta dada pela população de Timor a uma comitiva da Oilwatch, presente no país uma semana após ter conseguido a independência. Manter-se com vida diante da massacre organizada e perpetrada pelo presidente da Indonésia. Eles disseram, inclusive, que o atual presidente de Timor Leste, Xanana Gusmão, quando da sua detenção em 1992, fez as vezes de mago para preservar a vida, com sua arte de prestidigitador. À magia, pois, ele deve a vida.