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A Indonésia, um dos maiores produtores de óleo de dendê, atingiu uma produção de 16 milhões de toneladas em 2006, tendo triplicado a área de terras destinadas às plantações de dendezeiros entre 1995 e 2005.
Estados Unidos é lendário por nossa capacidade para consumir. Mesmo que tenhamos a terceira maior população no mundo bem atrás da China e da Índia, nós consumimos mais que qualquer outra nação no mundo. Isso não é diferente quando se trata de papel; deixamos para trás o resto do mundo com uma média de consumo de 300 k de papel ao ano. Para contextualizar a questão, as Nações Unidas estimam que o mínimo necessário para satisfazer as necessidades básicas da alfabetização e da comunicação é de 30 a 40 k.
No boletim Nº 125 do WRM do mês passado, e vinculado à 12ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática que ocorreu em Bali, Indonésia, em dezembro de 2007, demos um alerta sobre algumas decisões da Diretoria Executiva do MDL que podiam atrair mais projetos de plantações de árvores ao MDL- a eliminação de restrições que proibiam que fosse oferecido um incentivo perverso para desmatar as florestas a fim de substituí-las por monoculturas apoiadas pelo MDL, e que aumentasse o tamanho dos projetos de plantações de árvores que podia ser solicitado ao MDL a
No passado mês de novembro, foi celebrada em Quito a Cúpula de Comunidades Criminalizadas por Defender a Natureza. A criminalização faz parte de uma estratégia que visa fazer calar qualquer protesto contra as atividades extrativas das transnacionais dentro das fronteiras do Equador. Parece que o próximo acusado pode ser qualquer um. Basta que erga  sua voz contra a irracionalidade da economia global.
Em 7/ 12/ 2007, o Ministério de Assuntos Tribais da Índia prometeu ao parlamento indiano que a Lei de Direitos Tribais sobre as Florestas de 2006, que o parlamento aprovou há um ano, será comunicada e implementada a partir de 1º/1/2008.
Recentemente, foram reavivadas antigas propostas de construção de barragens no Baixo Rio Mekong. Conforme os comunicados de imprensa da ONG Terra, com base na Tailândia, os governos da República Democrática Popular do Laos, Camboja e Tailândia concederam licenças a companhias tailandesas, malásias e chinesas para desenvolver estudos de viabilidade de mais de seis barragens de grande porte no trecho inferior do Mekong. Há dez anos, os projetos foram desconsiderados pelo alto custo e os potenciais danos ambientais.
A Assembléia Nacional Legislativa (ANL) da Tailândia, constituída após o golpe militar no ano passado, e que deve ser dissolvida depois das eleições gerais de 23 de dezembro, aprovou, no último fôlego, a longamente esperada Lei de Florestas Comunitárias. Em vez de consolidar os direitos constitucionais para todas as comunidades manejarem suas áreas florestais, a ANL escolheu excluir os direitos das comunidades que habitam fora das “zonas de conservação”, a fim de poder fazer parte do manejo florestal.
Com o discurso ideológico do grande capital travestido de desenvolvimento sustentável e salvador dos pobres, gigantes da celulose avançam sobre o Estado do Rio Grande do Sul. Com seu capital pagam campanhas eleitorais, financiam propagandas enganosas, e manipulam o poder público ao seu bel-prazer.
O Governo do Estado da Bahia, através do Centro de Recursos Ambientais (CRA), realizou nos dias 07 e 08 de novembro um seminário com o objetivo de “iniciar um processo de discussão e reflexão sobre as perspectivas ambientais, sociais e econômicas da atividade de silvicultura de eucalipto no sul e extremo sul do estado, tendo como base uma abordagem territorial, com foco na construção e consolidação de políticas públicas para a região.
Para que grandes extensões de plantios industriais de árvores fossem viáveis no Brasil, estabeleceram-se estreitas interações entre governo, empresas, bancos, universidades, mídia além de instituições internacionais, financeiras, produtoras e compradoras. Numa grande orquestração política, criaram mecanismos legais, tributários, financeiros, técnicos e científicos, agrários, logísticos. Do mesmo modo articulações contrárias a estas políticas cresceram à medida da expansão dos monocultivos.
A invasão de territórios de populações locais pelo projeto agroindustrial da Aracruz Celulose S.A., implantado nas décadas de 1960 e 1970, no Espírito Santo, causou enormes perdas materiais e simbólicas para as populações indígenas e quilombolas. Algumas delas são irrecuperáveis.
Entre os anos de 2001 e 2005 era possível comprar nos EUA uma placa de madeira compensada fabricada pela companhia Pizano S.A., uma das maiores empresas florestais da Colômbia.  A placa estava fabricada em parte com madeira provinda de plantações certificadas pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal) e o resto provinha de florestas naturais do Nordeste da Colômbia, florestas nas que a guerrilha, os grupos paramilitares e o Exército combatiam pelo controle do território e seus recursos naturais. Portanto, as placas de madeira compensada estavam manchadas com sangue.