Artigos de boletim

Um oxímoro é “uma afirmação que parece dizer duas coisas opostas”. O Banco Mundial tem muita experiência com oxímoros.
A empresa australiana Base Resources foi autorizada a destruir a Floresta Mikea desde que estabeleça um projeto de compensação, o que, por sua vez, implica severas restrições às comunidades para acessar suas terras e florestas.
O crescimento da extração de minérios e produção minero-metalúrgico e a consequente multiplicação das barragens de resíduos tóxicos ocorreram na mesma proporção dos vazamentos e rompimentos de barragens de resíduos em diversos do mundo. E evidente a complexidade social, histórica, política e econômica de esses desastres.
O dinheiro que o governo indiano coleta de empresas que destroem florestas, como as mineradoras está sendo usado para assediar, perseguir e despejar pessoas das chamadas Áreas Protegidas, como Reservas de Tigres, Parques Nacionais e Santuários da Vida Selvagem.
Governos e empresas transnacionais apoiadas por instituições financeiras multilaterais, juntamente com Nações Insulares do Pacífico, estão se apressando para dividir o oceano sob as narrativas do que chamam de Economia Azul, a fim de justificar sua exploração.
O petróleo explica as mudanças climáticas, o intercâmbio desigual globalizado e os novos cenários de colonização. Não obstante, as fronteiras petrolíferas se multiplicaram e as economias permanecem profundamente petrolizadas, mesmo sob seu disfarce “verde”.
A União Europeia busca crescimento a qualquer preço. As tecnologias “verdes” exigem uma quantidade e uma variedade cada vez maiores de metais e minerais. Através do Banco Europeu de Investimento, milhões de fundos públicos fluem para projetos de mineração sob o manto do “desenvolvimento”.
Os povos indígenas de Camarões não apenas veem suas terras ameaçadas, sob forte pressão de investidores estatais e empresariais, mas também enfrentam um sistema judicial discriminatório, que tende a culpabilizá-los e criminalizá-los.
Choque” é uma reação comum quando surge uma crise... ou quando ela vem à tona. Mas também proporciona uma cortina de fumaça conveniente para governos, instituições financeiras e empresas ocultarem seu papel e sua responsabilidade pelas atuais crises nas florestas.
A OLAM, com sede em Cingapura, garantiu acesso a 500 mil hectares de terra para estabelecer grandes plantações de dendezeiros no Gabão, um país com 85% de cobertura florestal. Sendo assim, como a empresa pode afirmar que tem compromisso com “desmatamento zero”?
O governo alega que a pequena agricultura é responsável pelo desmatamento, mas essa declaração ignora as políticas do próprio governo para promover mudanças no uso da terra, os mercados destrutivos e a exclusão dos povos indígenas com a criação de reservas.
As condições de exploração do trabalho na indústria das plantações de dendezeiros na Indonésia são persistentes, e a maioria das principais vítimas é de mulheres.