Artigos de boletim

Por que os governos pós-coloniais da África não desmantelaram o modelo colonial de plantações para exploração e extração? Uma peça importante pode ser encontrada nos arquivos do Banco Mundial.
A narrativa do desenvolvimento continua sendo ressuscitada, apesar de seu papel no estímulo à crise atual e na destruição dos meios de subsistência de milhões de pessoas, que acabaram expulsas de suas terras e empobrecidas.
Como o REDD+ se encaixa na agenda de desenvolvimento da Indonésia? Que atores estão envolvidos na promoção desse mecanismo e quais são seus interesses? (Disponível em indonésio).
Na República Democrática do Congo, os bancos europeus de desenvolvimento financiaram uma empresa de plantações cuja base é a injustiça e a violência. Quando a empresa faliu, em 2020, eles optaram por manter o modelo brutal das plantações e, portanto, continuam sendo cúmplices da violência.
Em junho de 2019, um relatório do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do WWF Quênia apelou às agências de financiamento do desenvolvimento, principalmente europeias, e ao Banco Mundial, para que contribuíssem com um novo Fundo voltado a financiar 100.000 hectares de (novas) plantações industriais de árvores, para apoiar o desenvolvimento potencial de 500.000 hectares, na África Oriental e Austral.
Sobre como a chamada cooperação para o desenvolvimento oculta e legitima uma agenda de expropriação e expansão capitalista. Sobre como essa mal chamada cooperação, na verdade, coopta a agenda política dos movimentos ao canalizar e priorizar discussões, interesses e práticas alheias e impostas de fora.
Apesar das campanhas por plantações “verdes” e de outras táticas que tentam esconder os danos e a violência que estão por trás das grandes plantações de árvores, a cada ano, comunidades e movimentos se levantam no dia 21 de setembro para dar visibilidade às suas lutas.
As grandes plantações da New Forests Company (NFC), empresa sediada no Reino Unido, têm representado violência, despejos forçados e miséria para milhares de moradores de Mubende, Uganda.
Uma reflexão histórica sobre os principais projetos chineses de plantação de árvores evidencia o papel do capital e das forças de mercado na China rural. O projeto mais recente é baseado no consumismo “verde” e beneficia alguns dos maiores varejistas e empresas de tecnologia do país.
Várias das plantações da Sappi em torno da fábrica Ngodwana foram convertidas sem autorização, de pinus em eucaliptos. Dados obtidos ao longo de mais de 75 anos demonstram que o eucalipto consome de 30% a 50% mais de água que o pinus.
A violência, os massacres e os deslocamentos forçados no contexto do conflito armado na Colômbia têm contribuído para o avanço das plantações industriais de dendê. No município de Mapiripán, a Poligrow cumpre um papel inegável na apropriação de terras e na intimidação.
A maior parte dos governos, ONGs e empresas está promovendo o aumento de Áreas Protegidas e em regime de conservação em todo o mundo. Mas o que significa conservação?