Artigos de boletim

Suzano, a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, busca intensificar suas operações com os chamados ‘títulos verdes’, como forma de financiamento de seus projetos de expansão.
A região de Sangha está sob controle total de três concessões. Todas têm origens coloniais e continuam utilizando guardas contra os habitantes da floresta para impedir que façam uso de suas terras ancestrais.
Este artigo destaca as vozes de Justiça Ambiental! em Moçambique e WoMIN, uma aliança ecofeminista africana.
Este boletim tem como objetivo refletir sobre a extração, a violência e a opressão relacionadas à chamada “transição” energética e sua camuflagem “verde”. Uma transição do quê? Para quê?
Os carros elétricos se tornaram o símbolo da economia de “baixo carbono”. Os impactos negativos dos minerais e metais extraídos para sua fabricação costumam ser minimizados, apesar das milhares de áreas de mineração e da infraestrutura prejudicial que vêm com o processo.
A balsa é um importante insumo para os moinhos de vento, e o Equador é o maior exportador mundial dessa madeira. A invasão da China, da Europa e dos Estados Unidos por milhões de aerogeradores implica a derrubada de uma grande quantidade de árvores de balsa.
A infraestrutura de energia renovável em escala industrial ressurgiu na agenda da “transição energética” e como parte dos planos de recuperação contra a pandemia. Aprodução do chamado “hidrogênio verde” a partir desses projetos acrescenta outra camada de injustiças.
Nos modelos dominantes de produção e consumo de energia, a centralização da matriz energética e a concentração do poder decisório permanecem, e com todas suas marcas de desigualdades, do patriarcado e do racismo ambiental, mesmo quando mude a a fonte de energia.
A chamada “economia digital” costuma ser promovida como se tivesse um impacto relativamente baixo sobre o meio ambiente e muito pouca necessidade de recursos materiais. Mas o que (e quem) está sendo ocultado por essas imagens de uma economia quase etérea e mais limpa?
Os esquemas de certificação que buscam legitimar atividades prejudiciais ao meio ambiente e suas populações com termos como “sustentável” são uma tática de sobrevivência do capitalismo.
É imperativo entender o conceito das “soluções baseadas na natureza” e chamá-lo pelo que ele é: “espoliações baseadas na natureza”, denunciando a ameaça real que ele representa para territórios, populações da floresta e o clima.