Mercados de carbono e REDD
Reduzir as emissões de desmatamento e degradação (REDD+) tornou-se a política florestal internacional predominante. Entre as variações do REDD+ estão as "Soluções Baseadas na Natureza" e os compromissos das empresas com “Desmatamento Líquido Zero”. Na realidade, o desmatamento continua, as empresas poluidoras usam as compensações de REDD+ para não ter que reduzir suas emissões de carbono fóssil, e as promessas de desmatamento líquido zero permitem desmatar uma área, desde que outra área “equivalente” seja restaurada em um lugar diferente.
Artigos de boletim
26 Fevereiro 2024
As comunidades indígenas da Bacia Amazônica Peruana criaram uma rede para defender seus direitos territoriais e de autodeterminação. Sua luta não é apenas contra o desmatamento, mas também contra projetos de conservação e de mercado de carbono, como os de REDD, que geram mais injustiças e conflitos internos.
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26 Fevereiro 2024
O povo Ka’apor vive na região do Alto Turiaçu, no noroeste do estado do Maranhão, no Brasil. É o maior território indígena da Amazônia Oriental e a maior porção de floresta preservada daquela região. Empresas estrangeiras chegaram lá propondo projetos de REDD, causando conflitos e rejeição por parte da comunidade, que se organiza para resistir.
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19 Dezembro 2023
Quase 30 anos de negociações climáticas da ONU resultaram no estabelecimento de políticas e práticas que facilitam a expansão constante da economia baseada nos combustíveis fósseis (e seus lucros), ao mesmo tempo em que escondem os seus implacáveis impactos negativos sobre os territórios onde se expande.
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19 Dezembro 2023
O Presidente Jokowi chama o Parque Industrial de Kalimantan – Indonésia (KIPI, na sigla em inglês) de “a maior área industrial verde do mundo”, mas o KIPI não é nada disso. Ele demandará muito uso de combustíveis fósseis e apropriação de terras e água, ao mesmo tempo que ameaça milhares de pessoas nas comunidades costeiras com despejo forçado. (Disponível em indonésio)
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19 Dezembro 2023
Projetos de compensação de carbono comprometem roças, o corte de árvores para subsistência, e outras práticas milenares praticadas por povos indígenas e comunidades tradicionais na Amazônia. Contratos promovidos por empresas minam as estratégias locais de cuidado e criatividade dos trabalhadores e trabalhadoras, subvalorizando ou mesmo negando-as por completo.
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19 Dezembro 2023
Uma compilação de artigos do Boletim do WRM expõe o papel prejudicial desempenhado pelas empresas e organizações envolvidas em esquemas de certificação. Depois de três décadas, está claro que a única “sustentabilidade” que garantem é a dos negócios das empresas certificadas e da própria indústria de certificação.
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25 Outubro 2023
Resposta do WRM referente à “Nota de esclarecimento” da Biofílica Ambipar sobre o artigo da autoria do WRM intitulado "REDD e a Economia Verde agravam opressão e desmatamento no Pará, Brasil", publicado no boletim do WRM de julho de 2023.
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22 Julho 2023
Na ‘economia verde’ os interesses das corporações, dos Estados e da ‘indústria de preservação’ se entrelaçam entre si. Todos, de uma ou de outra forma, lucram com a destruição das florestas e expulsão de comunidades de seus territórios. No Pará, o número de projetos REDD está crescendo, enquanto o governo estadual busca implementar um programa REDD jurisdicional que abrange o estado inteiro.
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22 Julho 2023
O caos climático é visível no Delta do Saloum. As comunidades que dependem da pesca enfrentam impactos substanciais, acentuados pelas indústrias pesqueira e de combustíveis fósseis. Um projeto de reflorestamento de árvores de mangue, financiado pela Shell, transformou-se em um projeto de carbono, o que vai agravar os impactos climáticos para as comunidades.
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30 Março 2023
As florestas do Camboja sofreram desmatamento em grande escala para plantações de seringueira e mandioca, extração ilegal de madeira e outros interesses econômicos. Além disso, Áreas Protegidas e projetos de carbono, como o REDD+, têm afetado gravemente as comunidades das florestas. Apesar da criminalização, essas comunidades lutam, destacando a importante conexão entre viver com suas florestas e a autonomia para ter alimentos suficientes, diversificados e nutritivos.
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30 Março 2023
Uma recente Consulta Popular no Equador pretendia, entre outras coisas, tornar as “compensações por serviços ambientais” um direito constitucional. A maioria dos eleitores votou NÃO, mas essa tentativa é um alerta sobre os interesses que visam aprofundar as políticas de apropriação e mercantilização da natureza.
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30 Março 2023
Povos e comunidades indígenas nas florestas da Tailândia estão ameaçados por políticas que agregaram um novo tipo de ativo: os créditos de carbono. Na verdade, a legislação aprovada em nome da conservação e da mitigação climática está projetada para limitar o uso que as comunidades florestais fazem de suas terras e florestas, enquanto as empurra para áreas menores. (Disponível em Tailandês).