Artigos de boletim

No avanço dos grupos econômicos e de poder que apóiam a privatização, a globalização e a desregulação da economia, com o fim de chegar a comercializar os mais afastados espaços da vida, a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem sido um dos principais instrumentos.
Bem no interior da Amazônia Brasileira, um lenhador atravessa a fronteira com o Peru e invade as terras da tribo Ashaninka, derruba outro mogno antigo que é arrastado até o rio onde desce flutuando até um caminhão e dai é levado ao mercado internacional.
O Santuário da Natureza Carlos Anwandter no Rio Cruces, é o Sítio que o Chile incorporou em 1981 como zona úmida de Importância Internacional ao aderir à Convenção Ramsar, Convenção relativa às Zonas Úmidas de Importância Internacional, especialmente como Hábitat de Aves Aquáticas. Alberga grande diversidade de espécies de flora e fauna, especialmente de cisnes-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus), uma ave migratória ameaçada. O Santuário e seus cisnes fazem parte da identidade e imagem dos povoadores da cidade próxima de Valdivia, estreitamente ligados à paisagem fluvial.
Faz exatamente seis anos tivemos a oportunidade de visitar o estado de Portuguesa na Venezuela com o intuito de conhecermos ao vivo e em cores a situação pela que estavam passando as populações locais de Morador e Tierra Buena com relação às extensas plantações de eucaliptos, pinheiros e melinas (Gmelina arborea) da empresa Smurfit Cartón da Venezuela, propriedade da transnacional Smurfit Corporation com sede na Irlanda.
Desde que a ciência florestal ocidental definiu as florestas como entidades predominantemente produtoras de madeira, os esforços se têm concentrado no aumento da produtividade de um único produto: a madeira. As florestas com diversidade foram simplificadas, cortando todas as espécies nas que a indústria não estava interessada, enquanto promovia a predominância absoluta de árvores “valiosas” na floresta.
Talvez eu esteja sendo naïve, mas realmente pensava que o Banco Mundial deveria ter um posicionamento sobre árvores transgênicas. O primeiro campo experimental de árvores transgênicas foi em 1988. Com certeza, eu pensava, 16 anos é tempo suficiente para os experts em planos de ação do Banco avançarem com alguma coisa.
Em junho de 2004, ativistas desconhecidos atacaram o último experimento remanescente de árvores geneticamente modificadas na Finlândia. Aproximadamente 400 árvores de bétula geneticamente modificadas foram derrubadas. Como deveríamos reagir agora? Essa foi a primeira pregunta para os que faziam campanhas contra as árvores geneticamente modificadas quando soubemos do ataque.
De 17 a 19 de novembro de 2004, realizou-se uma importante conferência sobre árvores geneticamente manipuladas na Universidade de Duke de Carolina do Norte, nos Estados Unidos da América.
As 7000 hectares de plantios de álamo da Corporação Potlatch em Boardman - Oregon são de tão alta tecnologia quanto um plantio pode ser. As árvores são plantadas em solo desértico arenoso e unicamente crescerão por causa de dezenas de milhares de quilômetros de delgadas mangueiras pretas. A água, os fertilizantes e os pesticidas são bombeados para as árvores através de tubos de irrigação provindos da Represa John Day, construída pelo Corpo de Engenheiros da Armada dos EUA, em 1971. Essa represa é uma das 19 que bloqueiam o Rio Columbia e que tem devastado as pescarias de salmão no rio.
As árvores transgênicas não são o resultado da evolução. Elas são o resultado das decisões tomadas por instituicões e empresas para seu desenvolvimento e posicionamento. Para isso, as companhias, as instituições de pesquisa e as universidades trabalham em parceria. As companhias financiam departamentos de pesquisa nas universidades e influenciam assim o tipo de pesquisa que deve ser colocada em andamento.
A despeito dos riscos decorrentes da modificação genética de árvores, não existe nenhuma legislação internacional referida especificamente a árvores transgênicas. Em vez disso, a legislação tem sido elaborada pensando nas colheitas de alimentos e sementes, e não necessariamente cobre os problemas derivados de plantas geneticamente modificadas de vida longa como as árvores.
Em 22 de outubro de 2004, a Rússia ratificou o Protocolo de Kyoto, o acordo internacional criado para começar a enfrentar o problema do aquecimento global. A ratificação pela Rússia do Protocolo de Kyoto agora dá ao acordo um nível de participação suficientemente alto pelos países mais responsáveis das emissões mundiais de carbono para que o acordo entre em vigor, inclusive sem as emissões de carbono dos Estados Unidos, que representam 25% das emissões anuais globais do mundo inteiro.