Em 17 de Abril, mais de 400 soldados do exército equatoriano ingressaram ao destacamento Tigre, localizado na fronteira sueste com o Peru, na província de Pastaza, supostamente para “capturar, neutralizar e aniquilar duas colunas guerrilheiras” detectadas na áreas. Esse território pertence à comunidade Kichwa Yana Yaku, sede da Organización de los Pueblos Indígenas de Pastaza – OPIP (Organização dos Povos Indígenas de Pastaza), que também foi ocupada de surpresa por 80 militares na mesma data, acusando-a de ser o “eixo do apoio logístico” de presumíveis grupos subversivos.
Artigos de boletim
A Reserva Natural Galibi é famosa no mundo inteiro como um lugar de aninhamento para quatro variedades de tartarugas marinhas em perigo de extinção. Estabelecida em 1969, cobre aproximadamente 400 hectares e recebe um fluxo constante de turistas dos Estados Unidos e de outras partes do mundo.
No entanto, menos evidente fica o fato de que é também uma parte integral do território ancestral do povo Kalinja do baixo Marowinje, que tem sofrido diretamente as conseqüências do estabelecimento da área protegida.
A Melanésia, que inclui a Papua Nova Guiné, as Ilhas Solomon, Vanuatu, Kanaky (Nova Caledônia), Fiji, Timor Leste e Papua Ocidental (Indonésia), é única no mundo pelo fato de que 95% da terra ainda é propriedade comunitária dos povos indígenas. As florestas que controlam, são as maiores florestas tropicais remanescentes na região Ásia Pacífico e as terceiras maiores florestas tropicais da Terra depois das da Amazônia e do Congo.
A Quarta Edição do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (United Nations Forum on Forests UNFF4) terá lugar entre os dias 3 e 14 de maio de 2004 em Genebra.
Localizada a grande distância das florestas tropicais da Amazônia, British Columbia (BC), a província mais ocidental do Canadá, foi caracterizada como o “Brasil do Norte” devido ao ritmo de destruição de suas florestas. Nas florestas de British Columbia, a posse da terra está, predominantemente, nas mãos de interesses comerciais e as atividades extrativistas são em grande escala. Contudo, há um indício de mudança através de uma nova forma de utilizar e de manejar a floresta, decorrente do surgimento das florestas comunitárias.
De que falamos ao referirmos ao Manejo Florestal Comunitário?
De início, nos encontramos com o termo "manejo" que o dicionário define como a “arte de manejar os cavalos”. Associado à floresta, a referência mais próxima é a expressão “manejo florestal”, que surge na Europa no século XVIII como corolário do processo de cercado das florestas comunais, e posteriormente o estabelecimento do controle do Estado sobre as florestas. Por último, o termo foi ligado à produção de madeira com fins comerciais.
Por que foi nas comunidades tradicionais que surgiram as práticas milenares de utilização da floresta, hoje denominadas “Manejo Florestal Comunitário”? Por que essas práticas têm sido algo natural para elas?
Em 2002, uma série de organizações e pessoas que trabalharam juntas para influenciar a World Summit on Sustainable Development – WSSD (Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável), criou o Global Caucus (Caucus Global) sobre Manejo Florestal Comunitário, que pôde influenciar os delegados do governo para “reconhecer e apoiar os sistemas de manejo florestal comunitários e indígenas com o fim de garantir sua total e efetiva participação no manejo florestal sustentável.” (artigo 45h do Relatório WSSD)
Por anos os governos têm discutido sobre as florestas e têm assinado contratos “obrigatórios juridicamente ” e “não obrigatórios juridicamente” com o fim de proteger as florestas mundiais. Portanto, é um exercício útil revisar esses contratos com relação ao manejo comunitário das florestas, para ver o papel –se houver qualquer papel- que os governos têm alocado às comunidades que efetivamente moram nas florestas ou dependem delas.
A Cúpula Mundial de 1992
Em abril o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional farão 60 anos. Ativistas do mundo inteiro já estão organizando diferentes ações para denunciar o papel dessas instituições no modelo econômico socialmente e ambientalmente destruidor imposto ao mundo para favorecer os interesses de empresas estabelecidas no Norte (por maiores informações visite o site http://www.50years.org ).
Floresmilo Villalta é um camponês de 63 anos que desde 1997, junto com muitos outros camponeses enfrenta perseguição, ameaças e agressões da companhia madeireira BOTROSA, pelo fato de exigir que lhes sejam devolvidas suas terras, dadas em concessão de forma ilegal à companhia.
“Não ao ouro sujo” é a palavra de ordem de uma campanha endereçada aos consumidores, lançada em 11 de fevereiro de 2004 pela Earthworks/Mineral Policy Center e a Oxfam, com o objetivo de pressionar a indústria do ouro e mudar a forma como o mesmo é extraído, comprado e vendido.