Outra informação

Duas pequenas traças estão sendo motivo de confronto social e ambiental na Nova Zelândia. Em West Auckland, as pessoas e o meio ambiente estão sendo submetidos a pulverização aérea com perigosas substâncias químicas, com o objetivo de proteger as plantações de pinheiro contra o ataque de uma traça (Teia anartoides). Em South Auckland, as plantações de eucalipto estão sofrendo o ataque de uma outra traça (Uraba lugens), e ainda não se sabe se será aplicado um defensivo agrícola para a combater.
Às vezes, é preciso juntar muitas peças pequenas para poder reconhecer a figura completa. No caso do demorado debate sobre os benefícios e desvantagens dos projetos de sumidouros de carbono ligados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Kyoto, muitos ainda querem visualizá-los como a fonte de financiamento longamente esperada para projetos em pequena escala de restauração de florestas geridas pela comunidade.
O que tem de errado que uma empresa queira um selo verde para seu "manejo florestal sustentável" e créditos por plantar árvores que ajudem a enxugar o carbono da atmosfera? Potencialmente, muito, em especial, se considerarmos que ambas as pretensões são bastante duvidosas, como indica a cobertura sobre a empresa brasileira Plantar S.A. feita pelo WRM em seu boletim.
O período colonial da história da África do Sul deixou como herança uma mentalidade que fomenta a exploração de tudo quanto possa ser extraído da terra e exportado para satisfazer a voracidade das indústrias e consumidores do primeiro mundo. Esse foi o motor do imperativo colonial da Inglaterra, Portugal, França e Espanha nos séculos passados, e embora tenha havido transformações políticas nos países africanos antes colonizados, as forças econômicas, em grande parte, continuam sendo as mesmas.
Em agosto de 1996, as autoridades do governo da Tanzânia, junto com uma empresa canadense chamada Kahama Mining Corporation Ltd (KMCL), desalojaram à força de suas terras mais de 400 mil mineiros artesanais, camponeses, pequenos comerciantes e suas famílias, numa área chamada Bulyanhulu, na região de Shinyanga, no centro-oeste da Tanzânia. Nesse momento, a KMCL era uma subsidiária de propriedade total da Sutton Resources, uma empresa sediada em Vancouver, Canadá.
A mineração é uma das atividades mais lucrativas da Indonésia, mas, ao mesmo tempo, está destruindo recursos naturais de que dependem o sustento e a saúde de dezenas de milhões de indonésios da cidade e do campo. Entre esses recursos, estão as outrora vastas florestas do arquipélago, cuja destruição é hoje muito mais acelerada do que antigamente.
No leste da Tailândia, as minas de chumbo estão matando comunidades étnicas e poluindo as fontes de água no complexo do Santuário de Fauna e Flora Thung Yai Naresuan, declarado Patrimônio da Humanidade.
As paisagens com karst (relevo em pedra calcária) do Vietnã são famosas no mundo todo. Certamente, a paisagem com pedra calcária mais famosa do país é a da baía de Ha Long, declarada Patrimônio da Humanidade. Em 1962, a paisagem com karst de Cuc Phuong, no norte do Vietnã, se tornou o primeiro parque nacional do país. Além de oferecer uma vista espetacular, a pedra calcária é a matéria-prima básica na fabricação de cimento, por isso muitas paisagens com karst estão ameaçadas. O Vietnã não é uma exceção.
O sol se deita no Vale de Síria; a temperatura está acima dos 38 graus centígrados. O Vale de Síria é um vale e sempre foi muito quente, mas nunca antes a temperatura tinha atingido os níveis que apresenta hoje; dos rios e vertentes resta apenas a lembrança, assemelham-se agora a estradas desérticas e poeirentas, resultado do desmatamento e da extração de milhares de metros cúbicos de areia.
Faz mais de sete meses que o povo de Esquel, na Patagônia argentina, está lutando contra as pretensões da canadense Meridian Gold Inc. de explorar uma mina de ouro no Cerro 21.
Atualmente, a Patagônia chilena encontra-se ameaçada por um megaprojeto da transnacional canadense Noranda Inc., empresa de mineração com vasta experiência e que hoje planeja construir uma das maiores plantas redutoras de alumínio do mundo, na prístina região de Aysén. Para dimensionar o estrago que causaria a planta de alumínio, cujo nome é Alumysa, é importante descrever a região onde se pretende instalar a planta e as obras anexas.
No final da década de 1970, a estatal carvoeira Carbocol anunciou a existência de grandes depósitos de carvão na península de Guajira. A jazida estava localizada em território tradicionalmente habitado pela comunidade Wayuú, povo indígena nômade que se movimentava na região fronteiriça com a Venezuela. Após uma demorada polêmica acerca da conveniência, ou não, de explorar esse combustível fóssil, o Estado finalmente deu à empresa luz verde, argumentando a favor do desenvolvimento regional em matéria energética.