Ao longo da costa atlântica de Honduras, as comunidades Garifunas afro-caribenhos estão se sentindo ameaçadas por propostas de criação de projetos de mega-turismo e de cidades administradas por corporações, mais conhecidas como "cidades-modelo", sem falar docrescente interesse dos traficantes de drogas e plantações de dendezeiros em invadir e fazer uso dos seus territórios. Como resultado, as comunidades Garífunas estão sendo expulsos de suas terras.
Outra informação
De 24 a 27 de agosto deste ano estará sendo realizada em Belém do Pará, a Conferência Latinoamericana de Financeirização da Natureza, convocada pela Fundação Heinrich Böll Brasil junto a várias organizações e movimentos da região.
Este boletim pretende apoiar a circulação de informações sobre o tema além de dar subsídios sobre o evento.
Boletim Informativo nº 1 - julho 2015
Disponível apenas em inglês.
Aklu Chero, a tribal leader protesting the construction of the dam, was shot at by the police on April 15. (Vipin Kumar/ HT Photos)
Disponível apenas em inglês ou espanhol.
Comunicado de prensa, 10 de julio 2015, Ginebra.
O carvão mata pessoas. O carvão destrói a saúde e o bem-estar das comunidades. O carvão devasta a terra, a água e os ecossistemas e está destruindo o nosso planeta. Estas são as conclusões da reunião “Mulheres se posicionam contra a Grande Indústria do Carvão”, que aconteceu em Johanesburgo, África do Sul, em janeiro de 2015.
O projeto “Tecendo Resistências”, da organização “Programa de Democracia e Transformação Global”, do Peru, compartilha três vídeos que dão testemunho da luta constante e corajosa, principalmente de mulheres das províncias de Celendín, Bambamarca e Cajamarca, na serra norte do Peru.
Um documentário lançado recentemente, mostrando o maior projeto de extração de minério de ferro do mundo, mostra a vida das comunidades impactadas pelo “Programa Grande Carajás”, localizadas nos estados do Maranhão e Pará. Nessa região, as pessoas afetadas por projetos de mineração são apoiadas pela rede Justiça nos Trilhos, uma coalizão de comunidades afetadas, organizações, grupos pastorais, movimentos sociais e grupos acadêmicos de pesquisa que buscam justiça ambiental no norte do Brasil.
Um banco de dados chamado “From Money to Metals” reúne dados sobre as instituições comerciais e privadas que visam lucrar com a extração e a transformação de minerais. O banco de dados examina os antecedentes, o investimento e as estratégias de gestão de cerca de 900 bancos, financiadores privados, seguradoras, fundos de hedge e empresas de private equity, bem como alguns indivíduos, que deram estímulo financeiro a inúmeras empresas de mineração. Acesse o banco de dados (em inglês) em:
Um filme do “The Source Project” analisa a forma como as comunidades na região de Karamoja, em Uganda, têm se organizado juntamente com a Uganda Land Alliance, “Aliança Ugandesa pela Terra”, para garantir que seus direitos à terra comunal sejam respeitados, diante de aquisições de terras em grande escala para fins de exploração mineral.
Minerais de todos os tipos (pode haver mais de dez variedades deles, apenas em um Smartphone) são extraídos em diferentes países – do tântalo, no Congo, ao estanho, nas Filipinas – e depois enviados ou transportados pelo planeta, até polos de fabricação. Estima-se que as atividades de mineração tripliquem em todo o mundo até 2050, espalhando-se para mais florestas e zonas costeiras, territórios indígenas, parques naturais e áreas protegidas.
A Índia é o segundo maior exportador de granito, grande parte do qual acaba no mercado europeu. Os principais compradores são os setores de construção, funerais e varejo (bancadas de cozinha, enfeites de jardim, etc.). No entanto, a maioria dos importadores de granito indiano não dá qualquer informação sobre quais pedreiras eles estão usando para obter seu granito ou diz não saber de onde ele vem.
Membros da sociedade civil e de comunidades africanas e do Reino Unido enviaram uma carta à reunião “Mining on Top Africa” – a “mais definitiva conferência africana de mineração para a Europa”, que aconteceu em 24 e 25 de junho em Londres – enfatizando a forma como muitas comunidades na África estão enfrentando desalojamento, pobreza, doença, poluição massiva, perda de terras agrícolas e ancestrais férteis, e destruição de meios de subsistência e cultura devido à introdução da mineração em grande escala.